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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Desemprego cresceu no primeiro trimestre, chegando a 12,2% e afetando 12,9 milhões de brasileiros

A massa de trabalhadores brasileiros terminou os primeiros três meses com a maior retração registrada desde 2012. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro dde Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30) mostram que a população ocupada, ou seja, aqueles que estavam empregados na economia brasileira, caiu de 94,5 milhões para 92,2 milhões de brasileiros. Cerca de 2,3 milhões de brasileiros deixaram de trabalhar nos primeiros três meses do ano - redução de 2,5% na comparação com o último trimestre de 2019.

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Nos primeiros três meses do ano, quando a taxa de desemprego atingiu 12,2%, houve demissões em todos os setores da economia, como indústria, (-2,6%), construção (-6,5%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,5%), alojamento e alimentação (-5,4%), outros serviços (-4,1%) e serviços domésticos (5,9%).

Segundo o IBGE, as ocupações do serviço doméstico apresentaram a maior queda, de 6,1%. Houve também retração em parcela dos considerados informais , como os trabalhadores sem carteira assinada, conta própria, e também nos formais. Trata-se de uma queda disseminada em todos os tipos de ocupação dos brasileiros.

"Foi uma queda disseminada nas diversas formas de inserção do trabalhador, seja na condição de trabalhador formal ou informal. O movimento, contudo, foi mais acentuado entre os trabalhadores informais. Das 2,3 milhões de pessoas que deixaram o contingente de ocupados, 1,9 milhão é de trabalhadores informais", disse Adriana Beringuy, analista do IBGE.

Com isso, a taxa de informalidade teve uma pequena variação de 41% no último trimestre de 2019 para 39,9% no primeiro trimestre deste ano, o que representa 36,8 milhões de trabalhadores.

Ainda de acordo com a pesquisa, o total de pessoas fora da força de trabalho subiu para 67,3 milhões , batendo novo recorde desde 2012. Esse grupo é composto por pessoas que não procuram trabalho, mas que não se enquadram no desalento.

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Os desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, somaram 4,8 milhões, quadro estatisticamente estável em ambas as comparações.

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