Nesta sexta-feira (24), os restaurantes completaram o primeiro mês vendendo exclusivamente por delivery , medida que reflete o decreto do governo de São Paulo para combater o novo coronavírus (Sars-coV2). Todavia, o faturamento de alguns estabelecimentos continua caindo. As informações são da Folha .
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Para Paulo Shin, chef do restaurante Komah, na Barra Funda, aumentar a presença no iFood era uma meta para 2020, mas a pandemia de Covid-19 resultou em mudanças, desde a folha de pessoal até no espaço físico.
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"Estávamos visando ter um grande crescimento com o lançamento [da parceria com o iFood], mas tivemos que criar várias estratégias", diz ele. Além de refazer contratos e de dar férias coletivas nos primeiros 15 dias da quarentena, Shin dividiu sua equipe de 30 pessoas em duas, cada uma com meia jornada.
Por outro lado, Cesar Costa, à frente do Corrutela, na Vila Madalena alega que essa adaptação leva tempo. "É normal o faturamento cair quando o restaurante ainda carrega uma parte dos custos de quando funcionava normalmente", explica.
"Vendemos 300, 350 pratos por final de semana. Tem me dado um respiro para pagar a rescisão de quem eu tive que mandar embora", completou ele, que ressalta que o faturamento caiu pela metade e que está trabalhando apenas com um terço da equipe.
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Já para Telma Shiraishi, do japonês Aizomê, a prioridade é manter a equipe durante a pandemia de Covid-19 . "O que ajuda é que temos uma clientela fiel. Está dando para cobrir os salários, honrar uma parcela das contas e girar a cadeia de fornecedores, mas não cobre o buraco todo", afirma.