A aversão ao risco e a leitura de um corte mais forte na taxa básica de juros no Brasil, a Selic, fazem com que o dólar comercial opere pressionado nesta quarta-feira (22). Às 12h35, a moeda americana era negociada com alta de 1,63%, valendo R$ 5,396. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, a B3, sobe 2,55%, a 80.989 pontos.
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O cenário global ainda segue incerto, com os investidores monitorando os impactos da Covid-19 na economia. Nesta quarta, a companhia aérea americana Delta divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre. A empresa registrou prejuízo de US$ 534 bilhões no período, primeiro prejuízo trimestral em cinco anos.
Internamente, as atenções se voltam para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir sobre o futuro da Selic . A expectativa do mercado é que haja um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião, que será em 6 de maio.
"O movimento de aversão ao risco segue dominando o mercado, o que em partes explica a força do dólar . Aqui, o mercado passou a precificar um corte mais agressivo na Selic, de 0,75 ponto percentual em vez de 0,5 já na próxima reunião do Copom. Isso contribui para deixar a cotação mais pressionada", destaca Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.
Além disso, o comportamento do petróleo no mercado internacional também influencia nos mercados. Na manhã desta quarta, o barril de petróleo tipo Brent, embora com alta, segue negociado na faixa de US$ 20. O WTI (referência nos EUA), também sobe, mas a cotação está em US$ 12,72.