Dias depois de atacar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o Legislativo por ter aprovado a recomposição de ICMS e ISS a estados e municípios por seis meses, em razão da crise provocada pela pandemia do Covid-19.
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"Não tem dinheiro para tudo isso. Vão ficar querendo que o contribuinte pague esta conta até quando?", disse ele a jornalistas neste sábado, da rampa do Palácio do Planalto.
Em relação à crise com Maia, Bolsonaro afirmou que é o presidente da Câmara que vem o atacando "há dias". Na quinta-feira, o presidente deu entrevista à CNN dizendo que Maia conduzia "o Brasil para o caos" e conspirava contra o governo federal.
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Questionado se conversou com o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) sobre a votação, prevista para segunda-feira, da medida provisória que cria o Contrato Verde e Amarelo, desconversou:
"Não tenho nada contra ele, o Davi é meu chapa".
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Bolsonaro ainda afirmou que o avanço dos casos de covid-19 no país é um problema tão grave quanto o desemprego causado pelo fechamento do comércio.
"Alguns milhões de empregos formais foram destruídos, fora os informais", disse, criticando o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que vai manter a medida pelo menos até 3 de maio.
O presidente também criticou a mais recente pesquisa Datafolha, segundo a qual 64% da população considera que ele errou ao demitir o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
"Datafolha é pesquisa do Zé do botequim da esquina. Não estou preocupado com Datafolha, mas com o Brasil. O resultado mesmo do Datafolha mesmo é isso aqui", disse, apontando para cerca de 20 apoiadores que o aplaudiam em frente ao Planalto.
*Do Valor