A encomenda de supercarros de luxo Ferrari disparou, apesar da crise global desencadeada pela pandemia de coronavírus, informou o fabricante italiano nesta quinta-feira (16). A Ferrari estima retomar a produção no próximo mês, em maio.
Os cinco novos modelos apresentados pela Ferrari em 2019 "foram recebidos com entusiasmo pelo mercado" e "fazem parte da nossa carteira de pedidos para 2020, que continua sendo a melhor de todas", disse Louis Camilleri, CEO da marca durante reunião de acionistas realizada em Amsterdã.
"Ninguém sabe quando a situação de emergência do coronavírus terminará, mas o importante é estar pronto – e a Ferrari está pronta para retomar a produção", acrescentou. Camilleri destacou que "os resultados recordes de 2019 permitiram enfrentar o futuro".
A empresa totalizou um faturamento de 3,766 milhões de euros no ano passado, representando uma progressão de 10%, enquanto as vendas mundiais também cresceram 10% no ano.
A Ferrari chegou a bater seu recorde de vendas, que até então era de 10 mil veículos – no ano passado, eles venderam um total de 10.131 unidades.
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Os resultados trimestrais do grupo serão apresentados em 4 de maio, quando a produção deverá ser retomada na fábrica de Maranello, na região de Emilia-Romagna, se autorizado pelas autoridades italianas.
A meta da marca para este ano, divulgada em fevereiro, era de fechar 2020 com um faturamento superior a 4,100 milhões de euros, o que representa 7,8% a mais do que o esperado.
Mas o presidente da Ferrari, John Elkann, herdeiro da família italiana Agnelli, enfatizou que agora a prioridade do grupo é a segurança da equipe.
Conforme solicitado por sindicatos, especialistas e cientistas, o fabricante elaborou um plano chamado "Back on Track" para a reabertura gradual e segura da fábrica de Maranello.
Enquanto isso, a Ferrari iniciou a produção de válvulas de respiração, necessárias em hospitais para participar do esforço coletivo da Itália para combater a pandemia da Covid-19.