FMI estima que PIB brasileiro tenha queda de 5,3% neste ano
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
FMI estima que PIB brasileiro tenha queda de 5,3% neste ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI ) prevê que a economia brasileira encolherá 5,3% em 2020. Em janeiro, a previsão era de crescimento de 2,2%. O número faz parte do relatório 'Panorama Econômico Mundial', lançado nesta terça-feira (14).

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A queda é consequência dos impactos econômicos negativos da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), que  não atinge apenas o Brasil: a previsão do FMI é que a economia mundial caia 3%, ante avanço de 3,3% na projeção anterior.

No relatório "A economia nos tempos da Covid-19 ", publicado domingo, o Banco Mundial previu uma retração de 5% na economia brasileira em 2020. Se confirmada, será a maior retração em 58 anos, levando em consideração a série histórica do Banco Central, iniciada em 1962. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes , disse a senadores que já trabalha com queda de 4% do PIB neste ano se a pandemia se prolongar após julho.

Para o ano que vem, o Fundo prevê crescimento de 2,9% para o Brasil, número 0,6 pontos melhor do que a previsão de janeiro. Para o mundo, a previsão é de crescimento de 5,8%, 2,4 pontos percentuais a mais do que a previsão anterior de janeiro.

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O Fundo também apresentou suas projeções para o desemprego . A previsão é que, no Brasil, ele cresça de 11,9% no ano passado para 14,7% neste ano e volte a cair levemente no ano que vem, para 13,5%.

Colocando em perspectiva o crescimento da economia brasileira com o tamanho da população, a queda na economia brasileira é ainda maior: o fundo prevê queda no PIB per capita brasileiro de 5,9% neste ano, e crescimento de 2,2% no ano que vem.

Na apresentação do relatório, a economista-chefe do fundo, Gita Gopinath, afirma que medidas fiscais, monetárias e financeiras serão necessárias para lidar com os impactos econômicas negativos do novo coronavírus e que mercados emergentes e economias em desenvolvimento com amplos setores informais podem usar novas tecnologias digitais para conseguir dar apoio a quem precisa.

A economista-chefe do FMI também afirma que “um esforço global deve garantir que, quando os tratamentos e vacinas para o COVID-19 sejam desenvolvidos, tanto nações ricas quanto pobres tenham acesso imediato”.

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