Os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.090, e que sofrerem redução de jornada e salário poderão solicitar o seguro-desemprego, em uma forma de o governo "compensar" a permissão dada às empresas para redução de gastos com pessoal em meio ao surto do novo coronavírus.
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Empregados que se enquadrarem na faixa salarial e requisitarem o seguro-desemprego receberão entre R$ 261,25 e R$ 381,22, 25% do benefício total, por três meses.
Quem receber esses 25% agora e voltar a precisar do seguro-desemprego no futuro receberá 75% do valor total, ou seja, a parte paga pela redução da jornada, adotada como uma medida "anti-crise", será descontada.
O governo estima que 11 milhões de trabalhadores terão acesso ao benefício, que terá o custo aproximado de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Para passar a vigorar, a proposta depende da aprovação de um projeto de lei pelo Congresso.
Para ter acesso ao benefício, o trabalhador terá de solicitá-lo e aguardar a verificação da redução de jornada , isto é, que o governo confirme com as empresas que houve redução salarial.
Além dessa, outra medida já anunciada pela equipe econômica foi a suspensão do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por três meses para as empresas.