O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (17) que, por enquanto, o governo só realizará os concursos públicos que considerar "essenciais", para não causar gastos públicos desnecessários, que poderiam inviabilizar o pagamento dos atuais servidores.
Bolsonaro também disse que espera encaminhar a reforma administrativa "o mais rápido possível" ao Congresso. Uma queda de braço entre o Planalto e a equipe de Paulo Guedes , ministro da Economia, está travando a reforma.
"Se você não fizer algo, os atuais servidores vão ficar sem receber lá na frente. Então, não é travar. Os concursos públicos, (vamos fazer) só os essenciais. Essa é que é a ideia", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
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Pouco depois, o presidente reforçou o raciocínio, dizendo que o governo irá abrir concursos se houver "necessidade", mas ressaltou que não pode ser "irresponsável":
"Tem concursos que foram feitos no passado que nós demos prosseguimento agora: Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal. Se tiver necessidade, a gente vai abrir concurso. Mas não podemos ser irresponsáveis, abrir concursos que poderão ser desnecessários".
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Pela manhã, Bolsonaro
disse que trataria da reforma administrativa
em reunião com Guedes
ainda na tarde desta segunda-feira. Ele destacou que faltam fazer "algumas alterações" no texto:
"Espero que o mais rápido possível eu encaminhe. Hoje vou conversar com Paulo Guedes , está previsto, se não me engano, (uma reunião) às 14h com ele. Outros assuntos serão tratados. Mas a reforma administrativa , eu acho que ela está madura para ser apresentada" disse, acrescentando depois que, "ainda faltam algumas alterações".