O corte na Selic , que atingiu o mínimo histórico de 4,25% ao ano, e a sinalização de que o ciclo de cortes chegou ao fim impactaram no câmbio e no mercado acionário. O dólar comercial começou a quinta-feira (06) com queda de 0,28%, valendo R$4,227. Na Bolsa , o Ibovespa subiu 0,72%, operando aos 116.864 pontos.
Nesta quarta-feira (05), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros. Este corte era projetado por cerca de 80% do mercado, de acordo com sondagem da agência Bloomberg.
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"O dólar cai nesta sessão porque o Banco Central sinalizou que o ciclo do corte de juros está encerrado. A queda de 0,25 ponto percentual já era dada como certa para a reunião de quarta. A dúvida pairava sobre o posicionamento do BC na próxima reunião", diz Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae.
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Coronavírus e o mercado
No cenário externo, o mercado busca recuperar as perdas causadas pelas tensões relacionadas ao coronavírus em janeiro. Na Ásia, O índice CSI300 , que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen , avançou 1,86%. A indicação de que Pequim vai cortar pela metade as tarifas contra alguns produtos americanos potencializou os ganhos chineses. A medida foi vista como uma tentativa de aumentar a confiança do investidor em meio a emergência global do coronavírus .
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Na Europa, o índice FTSE ( Londres ) sobe 0,25%. CAC ( Paris ) e DAX ( Frankfurt ) avançam, respectivamente, 0,64% e 0,63%.
O preço do petróleo , entretanto, recua. O barril do óleo tipo Brent opera com queda de 0,51%, valendo US$ 55. Somente em janeiro deste ano, o Brent acumulou perdas de 15%.