Bolsa sobe aos 117 mil pontos e dólar recua a R$ 4,23 à espera de corte na Selic
No mercado internacional, injeção de mais de US$ 200 bi na economia chinesa causa alta de índices asiáticos
O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de São Paulo (B3) opera com alta de 1,6% nesta quarta-feira (5), aos 117.406 pontos. No câmbio, o dólar comercial recua 0,35%, a R$ 4,239. O que impulsiona o mercado acionário brasileiro nesta quinta é a expectativa dos investidores em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
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De acordo com sondagem da agência Bloomberg , o mercado enxerga 85% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, renovando o piso histórico da taxa: de 4,5% para 4,25% ao ano. Com os juros mais baixos, a projeção é de uma Bolsa mais forte.
"Os juros baixos favorecem as empresas como um todo, especialmente o setor imobiliário. Além disso, com os juros baixos, mais pessoas tendem a entrar no mercado de renda variável, em busca de mais retorno financeiro para seus investimentos. O mercado enxerga uma grande possibilidade de um novo corte na Selic nesta reunião do Copom, por isso vemos a alta forte do Ibovespa neste pregão", avalia Maurício Pedrosa, estrategista da gestora Áfira.
Na agenda externa, os estímulos monetários promovidos pelo Banco Poular da China (BPC, a autoridade monetária do país) surtiram efeito tanto localmente quanto nas Bolsas globais. Em dois dias, o BPC injetou US$ 242 bilhões na economia.
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O índice chinês CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,1%. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,02%. O cenário de ganhos é visto na Europa também. O FTSE (Londres) sobe 0,65%. O CAC (Paris) e o DAX (Frankfut) avançam, respectivamente, 0,94% e 1,27%.