A cesta básica paulistana do ano de 2019 aumentou em torno de 10,66%, em comparação com os dados de 2018. Os números são referentes a uma pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon de São Paulo.
O levantamento, que foi feito em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou que o valor médio era R$ 708,61, em dezembro de 2018, e fechou em R$ 784,16, em dezembro de 2019.
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Os números revelam que todos os grupos tiveram alta. As variações acumuladas foram 7,55% para os produtos de higiene, 10,96% para alimentação, e 11,15% para limpeza.
Dos 28 alimentos pesquisados, 22 tiveram seus preços médios aumentados. Todos os cinco itens de higiene tiveram aumento de preço e dos seis itens de limpeza, apenas um não aumentou.
As cinco maiores variações positivas foram: feijão, 62,61%; alho, 41,97%; carne de primeira, 27,18%; sabão em pó, 25,14% e carne de segunda, 22,69%.
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Análise do Procon - SP
Feijão
Em 2019, o produto que apresentou a maior variação acumulada foi o feijão carioquinha, 62,61%. Em dezembro de 2018, o preço médio do quilo era de R$ 3,29 e aumentou para R$ 5,35, em dezembro de 2019. A alta expressiva do preço em fevereiro, que se ampliou no mês seguinte, pode ser explicada pela menor oferta do produto, uma vez que houve redução da área cultivada da primeira safra do ano, temperaturas acima da média e, em alguns pontos isolados, chuvas intensas.
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Tudo isso dificultou a colheita, bem como a qualidade dos grãos. À medida que a segunda safra entra no mercado, os preços começam a cair e permanecem estáveis entre junho e novembro quando novamente começam a subir. O movimento de alta de preço no final de 2019 ocorreu devido à seca no interior de São Paulo, à menor área plantada na terceira safra e aos estoques mais baixos dos produtores, o que limitaram a oferta do produto.
Açúcar
A alta acumulada do preço médio do açúcar foi de 10,71% em 2019. O pacote de cinco quilos de açúcar refinado custava, em média, R$ 10,08, em dezembro de 2018 e passou para R$ 11,16, em dezembro de 2019.
A variação do preço deve-se, em grande parte, à safra 2019/20 de cana-deaçúcar ter sido utilizada dando prioridade à produção de etanol em detrimento do açúcar.
Alho
Em dezembro de 2018, o quilo do alho custava, em média, R$ 19,68 e aumentou para R$ 27,94, em dezembro de 2019. A variação foi de 41,97%. Parte do alho consumido no Brasil é importada da China. A valorização do dólar frente ao real pode ser uma das explicações para o aumento de valor ao longo do ano.
Ovos
O preço médio da dúzia de ovos brancos registrou alta acumulada de 19,75%, subiu de R$ 5,52, em dezembro de 2018, para R$ 6,61, em dezembro de 2019. As principais proteínas de origem animal, as carnes bovina, suína e de frango, registraram altas de preço ao longo do ano. A procura por um substituto protéico foi a
causa do aquecimento na demanda por ovos.
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