O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que privatizaria os Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) "hoje", se pudesse. Ao defender a redução da máquina pública, o presidente argumentou nesta terça-feira (7) que “não são fáceis as privatizações”.
Ele foi questionado sobre o andamento do processo de venda de subsidiárias da Petrobras, na saída do Palácio da Alvorada, e respondeu citando os Correios como exemplo.
“Você mexe nestas privatizações com centenas de milhares de servidores. É um passivo grande. Você tem que buscar soluções para tudo isso, não dá para jogar os caras [servidores] para cima. Eles têm que ter as suas garantias, você tem que ter um comprador para aquilo”, argumentou.
“Até os Correios, a gente quer privatizar, mas tem dificuldade. O monopólio que até o ano retrasado deu prejuízo”, complementou.
Questionado se conseguirá viabilizar a privatização do órgão até o fim de seu governo, o presidente disse que não pode fazer uma previsão.
“A gente pretende, se pudesse privatizar hoje a gente privatizaria, mas eu não posso prejudicar o servidor dos Correios”, completou.
Ele comparou a situação como um médico que prescreve um remédio e nem sempre a eficácia do tratamento é previsível. Neste momento, disse ter tomado três comprimidos em casa e não saber se será curado.