A Petrobras vai aumentar, em média, 5% os preços de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) em suas refinarias e bases a partir desta sexta-feira (27). Esse é o terceiro mês seguido de reajuste de preço para cima.
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O reajuste é válido para todos os tipos de GLP, desde o residencial, conhecido como o gás de cozinha nos botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, vendido em vasilhames de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.
Os preços do GLP , como dos demais derivados são livres. Mas, segundo um técnico do setor, considerando que a matéria-prima representa cerca de 54% do preço final do produto, o impacto final aos consumidores pode variar entre 2% a 3%, desde que seja feito apenas o repasse do aumento dos preços nas refinarias da Petrobras.
Nesta quinta (26), a Petrobras anunciou que renovou contratos com 12 distribuidoras estaduais de gás natural canalizado , com base em uma nova fórmula que permitirá redução média de 10% em relação ao contrato anterior, dependendo do preço do petróleo e da taxa de câmbio.
Esse gás, no entanto, é diferente do GLP. Por isso, o aumento no preço do gás de cozinha não tem relação com o gás canalizado. Este último chega à casa dos consumidores por meio de distribuidoras como a Naturgy (antiga CEG e CEG-RIO) ou Comgás, por exemplo.
No caso do GLP residencial vendido em botijões de 13kg, houve, de janeiro até agora, um reajuste médio de 10% nas refinarias da Petrobras , segundo cálculo de um especialista.
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Já o GLP vendido para indústria e comércio, que até novembro tinha preços diferenciados do gás de botijão, registrou uma redução média da ordem de 10% no ano nas refinarias.
Repasse chega ao consumidor final sempre?
Nem todos os aumentos de preços nas refinarias foram repassados aos consumidores. De acordo com dados da pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em janeiro, o botijão de 13 kg era vendido a R$ 69,15, em média, no país e, em outubro, a R$ 68,77 — ou seja, houve uma queda de 0,5% no mesmo período em que subiu cerca de 5% na refinaria.
O presidente do Sindigás, que reúne as distribuidoras de GLP do país, Sérgio Bandeira de Mello, informou que houve uma redução de 1% no consumo de GLP na comparação entre novembro de 2018 e o mês passado, sendo que somente o consumo do GLP residencial teve uma queda de 1,4%.
Segundo o executivo, a retração da economia está levando à redução da demanda do GLP residencial. O consumo atual é da ordem de 610 mil toneladas por mês.
"A retração da economia está fazendo com que as pessoas consumam menos GLP, achatando as margens das distribuidoras", diz Bandeira de Mello. "E, por conta da menor demanda, todos ficam com dificuldade de repassar para os preços finais os preços das refinarias. Se esse novo reajuste for confirmado, vai ter maior pressão na demanda", afirma.
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Os preços do GLP industrial e comercial eram diferenciados até novembro, quando passaram a ser unificados. De acordo com um técnico, os preços do GLP industrial e comercial tiveram redução ao longo do ano para se equipararem aos preços do GLP residencial .