A chamada inflação do aluguel subiu 2,09% em dezembro, percentual superior ao apurado em novembro, quando a taxa foi de 0,30%. Com a alta, o índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (IGP-M), acumula alta de 7,3% no ano, mais que o dobro da inflação oficial, o IPCA.
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Em 2018, o IGP-M subiu 7,54%, mesmo com a queda de 1,08% em dezembro do ano passado. O índice é usado para reajustar grande parte dos contratos de aluguel residencial.
Entre os três componentes do IGP-M , a maior alta no ano foi registrada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 9,08%. Considerando a origem, os produtos agropecuários subiram 16,8%, enquanto os industriais tiveram alta de 6,57%.
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Já na divisão por estágios de produção, as matérias-primas brutas subiram 19,19%, enquanto os bens intermediários tiveram alta de 2,14%, e os finais, de 7,93%. Esse resultado foi influenciado pela alta dos bovinos, de 19,57%.
Segundo componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,14% em dezembro, ante 0,15% no mês anterior, levando a taxa acumulada no ano a 4,13%. A mão de obra (4,92%) subiu mais que os preços de materiais, equipamentos e serviços no ano (3,22%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), último componente do indicador, subiu 0,84% em dezembro, após alta de 0,20% em novembro, acumulando alta de 3,79% no ano. No mês, a principal contribuição partiu do grupo alimentação (-0,04% para 2,36%), com destaque para as carnes bovinas , que subiram 21,55% (alcatra) e 22,80% (contrafilé).
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No acumulado do ano, todos os grupos de despesas para o consumidor tiveram taxas positivas: alimentação (4,26%), habitação (3,42%), vestuário (1,54%), saúde e cuidados pessoais (4,88%), educação, leitura e recreação (4,48%), transportes (3,08%), despesas diversas (6,56%) e comunicação (1,82%).