A economia brasileira deve crescer 2,5% no próximo ano, frente uma alta de 1,2% do PIB em 2019. As projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI) foram divulgadas nesta terça-feira (17). Para a entidade, o investimento puxará esse movimento, com alta de 6,5% no próximo ano.
- A garantia de que esse crescimento vai se materializar é a continuidade das mudanças na economia, que vão gerar melhor ambiente de negócios e mais segurança para as empresas investirem mais, contratarem mais — avaliou o economista da organização, Flavio Castelo Branco.
Economistas ouvidos pelo Banco Central estimam uma alta de 2,25% do PIB em 2020. O governo projeta um avanço de 2,35%.
No caso do PIB industrial, a expectativa da CNI é de uma alta de 2,8% em 2020, contra 0,7% de crescimento neste ano. Se a projeção for confirmada, será a maior expansão desde 2011.
"As empresas iniciarão o ano com condições financeiras mais favoráveis, com taxas de juros mais baixas e menor endividamento. Além disso, a ociosidade dá os primeiros sinais de queda, ao mesmo tempo que as expectativas seguem otimistas", justificou a entidade.
Para a organização, o setor da construção civil será o "principal motor" do aumento do nível de atividade no próximo ano. Segundo Castelo Branco, a construção civil se beneficiará do avanço do governo nas concessões e nas privatizações, além do foco no setor de saneamento.
— A recuperação do setor tende a gerar um número grande de contratações formais, dando suporte a novos avanços no consumo — avaliou.
Para a Confederação Nacional da Indústria, o mercado de trabalho vem mostrando dinâmica positiva em 2019, e as perspectivas para o próximo ano vão no mesmo sentido. A previsão é de que a taxa média anual de desemprego caia de 12,3%, em 2018, para 11,9% em 2019 e atinja 11,3% no ano que vem.
A expectativa da CNI é de que a inflação continuará a apresentar um "comportamento favorável" em 2020, com o IPCA atingindo 3,70% no ano que vem, contra 3,78% em 2019.
A entidade projeta a manutenção da atual da taxa básica de juros, de 4,5% ao ano, a mais baixa da História, ao longo de 2020.
Para o dólar, a previsão é de que a moeda americana permaneça acima de R$ 4 no próximo ano, terminando 2020 ao redor de R$ 4,10.