![Trabalhadores carregam sacos de cobalto no mercado de Musompo, nos arredores de Kolwezi, no sul do Congo Trabalhadores carregam sacos de cobalto no mercado de Musompo, nos arredores de Kolwezi, no sul do Congo](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/8x/cb/w7/8xcbw7ok03koaxyw6vpudz888.jpg)
Cinco gigantes da tecnologia - Apple, Google, Dell, Microsoft e Tesla - estão sendo processadas pela morte de crianças em minas de cobalto na República Democrática do Congo. De acordo com o processo, todas as empresas citadas compram cobalto da mineradora Doe . Atualmente, o mineral é essencial para a fabricação de baterias de íons de lítio e as maiores reservas do mundo estão localizadas no Congo.
A ação é movida pelo grupo defensor dos direitos humanos International Rights Advocates (IRAdvocates), em nome das famílias de crianças mortas enquanto mineravam cobalto.
Segundo o jornal The Guardian, as família congolesas afirmam que as crianças eram pagas o equivalente a US$ 2 por dia (cerca de R$ 8) para realizar tarefas em túneis perigosos e sem equipamentos adequados - a situação de extrema pobreza dessas família teria forçado a busca pelo trabalho.
No processo, 14 famílias dizem que seus filhos morreram ou sofreram lesões permanentes em desabamentos e outros acidentes nos túneis.
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No texto do processo, os advogados afirmam: "As crianças pequenas que exploram o cobalto para os réus estão sendo forçadas a trabalhar em empregos em tempo integral, em situações extremamente perigosas, em detrimento de sua educação e futuro. Elas também estão sendo mutiladas e mortas regularmente por colapsos de túneis e em outros riscos comuns à mineração de cobalto na RDC", diz.
Além disso, eles acusam as companhias de negligência por não fiscalizar as minas de cobalto:
"O cobalto é um componente essencial de toda bateria recarregável de íons de lítio e está presente em todos os aparelhos fabricados pelos réus, além de todas as outras empresas de tecnologia e carros elétricos do mundo. Isso provocou a última onda de exploração cruel alimentada por ganância, corrupção e indiferença a uma população de pessoas congolesas impotentes e famintas".
O processo busca que a Justiça dos EUA condene as empresas a custear uma série de ações que acabem com a exploração infantil na região. Até o momento, as empresas citadas não quiseram se manifestar oficialmente sobre o assunto.