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Depois de uma abertura em queda, o dólar comercial voltou a subir no pregão desta sexta-feira e se valoriza 0,30%, sendo negociado a R$ 4,22. Segundo operadores, a sessão é marcada pela volatilidade por conta da formação da Ptax, a taxa média de liquidação dos contros de dólar futuro. Investidores também acompanham a decisão do banco central chileno de intervir no câmbio local.

Na B3, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, está em queda de 0,21% aos 108.050 pontos. Em dia de Black friday, as ações ordinárias da Via Varejo apresentam a maior alta com ganho de 3,14% negociadas a R$ 8,87.

A reversão da queda do dólar , segundo Cleber Alessie Machado, operador da H.Commcor, deve-se à formação da Ptax, evento que tradicionalmente adiciona volatilidade aos negócios.

"No último dia útil sempre há formação da Ptax, e sempre há brigas", disse. "Por conta dessa mudança drástica na cotação que vimos ao longo deste mês, a disputa promete ser intensa. Hoje vamos ter muitos movimentos técnicos e especulativos sem nenhuma manchete relevante."

Em novembro, a moeda americana acumulou fortes ganhos contra o real, por motivos que variam da decepção com os leilões de petróleo às tensões políticas na América Latina. Apenas nesta semana, o dólar registrou três máximas recordes seguidas para fechamento, defendendo posição acima dos R$ 4,20.

Na véspera, o dólar fechou em queda de 1%, a R$ 4,2160 na venda, apoiado por atuações cambiais extraordinárias do Banco Central e pela revisão para cima da balança comercial doméstica.

O banco central do Chile anunciou que intervirá no mercado de câmbio com vendas de até US$ 20 bilhões, em meio ao recente colapso do peso, a moeda local, por conta das incertezas sociais que o país está enfrentando. A intervenção ocorrerá a partir de segunda-feira e até maio do próximo ano.

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Diante da disparada recente da divisa dos EUA, o Banco Central anunciou quatro leilões extraordinários esta semana, em tentativa de controlar um comportamento exagerado da taxa de câmbio.

Machado, quando perguntado se as intervenções do BC devem permanecer, disse que a instituição "só tem que garantir bom funcionamento do mercado. Recentemente, viu excesso e atuou. Se o BC voltar a ver que o mercado está ficando disfuncional, ele vai voltar a atuar de novo".

No exterior, o dollar spot, índide da Bloomberg que acompanha o desempenho da divisa frente a uma cesta de moedas, recua 0,13%.

Usiminas e Via Varejo entre as maiores altas

O Ibovespa não mostrava um viés firme nesta sexta-feira, último dia útil de novembro, com Via Varejo mais uma vez entre os destaques positivos em dia de Black Friday, assim como Usiminas, em meio a cenário de nova alta nos preços do aço, enquanto Petrobras e Vale pressionavam negativamente. As ações preferenciais da Usiminas sobem 1,78% a R$ 8,57.

As bolsas americanas voltaram a funcionar nesta sexta-feira, depois do feriado de thanksgiving, mas com sessão mais curta, o que tende a afetar novamente a liquidez das operações na bolsa brasileira.

O setor bancário ainda sensível às mudanças no cheque especial. Os papeís preferenciais do Bradesco (sem direito a voto) sobem 0,90%, enquanto os PN do Itaú avançam 0,46% a R$ 34,76.

Em terreno negativo, Petrobras PN cai 1,38%, em sessão de queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

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