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MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
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O dólar comercial fechou em alta de 0,42% contra o real nesta quarta-feira, a R$ 4,185 para venda, na segunda maior cotação já registrada na História. Pesou sobretudo a instabilidade política na América Latina, com a escalada dos protestos no Chile e o cenário político na Bolívia , além de declarações conflitantes do presidente americano Donald Trump sobre o estágio das negociações comerciais com a China . Na Bolsa, o índice de referência Ibovespa recua 0,9%, aos 105.790 pontos.

A cotação de fechamento do dólar nesta quarta-feira foi a maior desde o recorde de R$ 4,195 registrado em 13 de setembro do ano passado, durante a corrida eleitoral.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,58%, a R$ 4,16, fortalecido pela aversão a risco nos mercados da América Latina. O dólar futuro de maior liquidez operava em alta de 0,14% nesta sessão, a R$ 4,18.

Em declarações mistas, Trump repetiu que os negociadores dos EUA e chineses estão “próximos” de uma “fase um” de um acordo comercial, mas também afirmou que aumentaria as tarifas dos produtos chineses “substancialmente” se não chegassem a um consenso.

Além disso, Trump também “não comentou o adiamento, por seis meses, da imposição de tarifas sobre carros europeus”, que era muito aguardado por investidores, segundo analistas da Terra Investimentos.

No cenário doméstico, dados do varejo indicaram sinais de recuperação no setor, que registrou o melhor resultado para setembro em dez anos, quadro que poderia beneficiar empresas do segmento de consumo.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil está em negociação com a China sobre a possibilidade de livre comércio entre os dois países. Os líderes dos cinco países do BRICS realizam encontro em Brasília para discutir o estímulo de investimentos entre os países, dentre outras pautas econômicas.

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