Depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a suspensão da venda de 33 marcas de azeites de oliva por causa de adulterações no produto, o consumidor passou a ficar mais atento na hora de escolher a marca para comprar.
Segundo o órgão do governo, a maioria das irregularidades identificadas nos azeites falsos se referem a mistura do azeite de oliva com óleo de soja ou outros óleos de origem desconhecida.
O Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) pesquisou os lotes irregulares apurados pelo governo e mostrou que 80% das empresas autuadas ficam localizadas no Paraná ou Minas Gerais - sendo Minas o segundo estado com mais produtoras de azeite de oliva cadastradas e atestadas no Brasil.
O primeiro lugar do ranking de mair produtoras fica com Rio Grande do Sul, onde é produzido 90% do azeite mais autêntico extravirgem brasileiro e não tem nenhuma empresa na relação do Ministério da Agricultura.
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Apesar disso, de acordo com o Agrolink , a maioria das marcas brasileiras estão em conformidade com as exigências de produção e qualidade para um azeite extravirgem. Os produtos retirados do mercado pelos técnicos do Mapa são, em sua quase totalidade, de marcas importadas ou envasadas por empresas clandestinas.
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Dicas de como identificar um azeite falso
Para não cair em nenhuma armadilha, o Ibraoliva ensina como identificar azeites falsificados:
- Desconfie de azeites muito baratos, afinal, são necessários de 5 à 14 kg de azeitona para se elaborar 1 litro de azeite.
- Observe a data de envase ou safra de origem. Os benefícios desse produto se manifestam quanto mais fresco o alimento for.
- Teste antes de levar para casa. Azeites Extra Virgens têm características sensoriais muito bem determinadas: é preciso exalar frescor. Fuja se lembrar notas rançosas, fermentadas ou avinagradas.
A suspensão feita pelo Mapa é resultado da Operação Isis do Ministério da Agricultura, iniciada em 2016. As amostras das marcas de azeite em que as irregularidades foram identificadas, foram colhidas e analisadas entre 2017 e 2018.