O brasileiro está cada vez mais interessado e preparado para fazer suas compras de fim de ano na Black Friday . Uma pesquisa do Google, com 1.500 consumidores on-line mostrou que a intenção de compra está 58% maior em 2019 na comparação com o ano passado.
Isso significa, segundo o Google, mais 8 milhões
de consumidores comprando em 2019 do que em 2018. Além disso, 69% deles já sabem em que categoria pretendem comprar, e estão aguardando a Black Friday para isso.
Número de compras em lojas físicas e online deve se igualar na Black Friday 2019
Os tipos de produtos e serviços que os consumidores pretendem adquirir na temporada de promoção em 2019 também está se expandindo.
Além dos tradicionais eletroeletrônicos, roupas e livros, algumas categorias mais que dobraram na intenção de compras do consumidor: veículos cresceu 300%, plano de celular 250%, alimentos 150%, imóveis 200% e cursos 133%.
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Para que os vendedores on-line possam aproveitar ao máximo esse momento, o Google apresentou as cinco principais tendências para o varejo
na edição deste ano da Black Friday.
1 - Venda em multicanais
Com o aumento da intenção de compras, é importante oferecer produtos em vários canais. “Quem ainda não tem seu próprio aplicativo de vendas , precisa correr˜, aconselha o diretor da indústria de varejo do Google Brasil, José Melchert.
Atualmente, 42% dos consumidores on-line já acessam as plataformas de vendas via aplicativos, 34% via site mobile e 25% por meio de um site desktop, aponta a pesquisa feita pela empresa.
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2 - “Temporada” Black Friday
Segundo a pesquisa do Google, 76% dos consumidores consideram que a Black Friday vai além da quinta e sexta-feira tradicionais.
“Pense estratégias que inclua outros dias. Muitas já existem, como a black week e o black november . E, principalmente, se prepare para atender seu cliente por todo o período”, diz Melchert.
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3 - On-line ou off-line não importa mais para o cliente
Na Black Friday de 2019, pela primeira vez, as vendas on-line irão se igualar às físicas. A pesquisa do Google mostra que, neste ano, 25% dos consumidores já pensam em fazer compras em ambos os modelos .
“O consumidor vai comprar onde for mais conveniente para ele. Não está preocupado se vai comprar on-line ou off-line, isso é uma questão para quem vende”, afirma o executivo do Google.
Segundo Melchert, é importante buscar parcerias para apresentar alternativas aos consumidores. “Se você é um pequeno e-commerce, pense em fazer parceria com alguma loja física, um shopping ou um hipermercado, para a Black Friday”, aponta.
4 - Retirar na loja é a bola da vez
A dica acima vale também para outra forte tendência para a Black Friday de 2019: a retirada na loja.
Segundo o Google, 4 em cada 10 clientes do comércio eletrônico consideram a opção muito importante na hora de escolher um varejista. Na Black Friday 2019, 24% deles afirma que pretendem retirar na lojas suas compras on-line.
5 - Torne sua marca conhecida
O consumidor on-line não se importa de experimentar novas lojas , mas evita marcas totalmente desconhecidas.
Se em 2018, 71% dos compradores adquiriram produtos em lojas diferentes , esse índice deve chegar a 84% neste ano. Porém, apenas 33% compraram em um loja virtual que nunca ouviram falar em 2018.
Por isso, segundo Melchert, é importante investir no fortalecimento da marca antes do início da temporada. Uma sugestão que ele dá é desenvolver estratégias de fidelização junto aos clientes do aplicativo da loja.
6 - Dica bônus - Lei de proteção de dados pessoais traz responsabilidade para e-commerces
Segundo o diretor de Comunicação Rafael Corrêa, a temporada Black Friday de 2019 não será impactada pela nova legislação de proteção de dados pessoais, já que a regulação entra em vigor em agosto de 2020.
Algumas empresas, porém, segundo ele, já estão se adaptando às novas regras já em 2019. Ele aponta, entre os pontos de atenção para o ano que vem, a segurança dos dados dos clientes. Segundo a nova legislação, a empresa deve se resguardar para não haver o vazamento desses dados.
"Os varejistas devem ficar atentos, entre outras questões que a lei traz, na responsabilidade pelos dados que, quando o consumidor aceita as condições, ficam sobre o cuidado deles", alerta Corrêa.