Bolsonaro compara aprovação da reforma da Previdência com 'dura em moleque'

Após aprovação da reforma em primeiro turno no Senado, presidente lamentou mudanças feitas, mas afirmou que 'não tinha como' evitá-las
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Presidente Jair Bolsonaro lamenta ter que aprovar a reforma da Previdência

Após a  aprovação, em primeiro turno, do texto-base da reforma nesta terça-feira (2) no Senado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (3), que gostaria de não ter que fazer muitas das mudanças que está propondo na  Previdência , mas disse que a reforma é "necessária" para que o Brasil "não quebre em dois anos".

Bolsonaro disse ainda que, se outras pessoas estivessem em seu lugar, fariam o mesmo e ressaltou tentativas fracassadas de reformas de outros governos.  O Senado aprovou na terça-feira, em primeiro turno, o texto-base da reforma.

"Essa reforma é necessária. Se não fizer, quebra o Brasil em dois anos. Lamento. Tem que aprovar, não tinha como. É uma maneira que nós temos de dar um sinal de que estamos fazendo o dever de casa. Não tem plano B, nem para mim nem para ninguém, se estivessem no meu lugar. Os outros governos tentaram fazer e não conseguiram", declarou Bolsonaro a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

E ainda continuou: "É uma realidade. Gostaria de não ter que mexer em muita coisa, mas, se não mexer, é igual, de vez em quando você tem que dar uma dura no moleque em casa. Mesmo dando dura, às vezes sai coisa errada na frente", disse Bolsonaro a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada. 

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Bolsonaro não comentou a derrubada da mudança proposta no pagamento de abono salarial , que reduziu em R$ 76,4 bilhões a economia prevista com as novas regras. A sessão foi suspensa quando ainda faltavam seis destaques, que serão votados a partir das 11h desta quarta.

Após o término da votação dos destaques, o texto da reforma da Previdência precisa ser votado em segundo turno. A expectativa do Executivo é que a matéria seja aprovada até o dia 10 de outubro, mas esse prazo pode ser estendido por causa de um impasse sobre a divisão de recursos do megaleilão do petróleo, marcado para novembro. A liberação de emendas parlamentares também pode prejudicar a tramitação da medida.

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