A prática de fazer apostas em conjunto para aumentar as chances de vitória é comum em ambientes de trabalho. O famoso “bolão” geralmente tem grande adesão entre a turma do escritório, ainda mais quando o prêmio em questão está acumulado.
Foi assim que um grupo de 49 funcionários da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados faturou os R$ 120 milhões sorteados nesta quarta-feira
(18) pela Caixa Econômica Federal.
Com pouco mais de R$ 2,4 milhões na conta de cada um, os trabalhadores que venceram o “bolão do PT” causaram euforia entre os demais empregados do setor - que variava entre felicidade pelos companheiros de trabalho e frustração por não terem participado da aposta coletiva.
Em entrevista ao jornal Estado de Minas, um homem que não quis se identificar demonstrou pouca simpatia ao dizer que não foi um dos ganhadores e garantiu que não falaria com a imprensa.
O mau humor tinha motivo: como só fica na entrada da liderança, não participou do jogo com os outros colegas. “Nem dormi hoje”, desabafou o homem na quinta-feira (19).
Ainda segundo o veículo mineiro, outra funcionária do PT informou que “a liderança tem mais de 100 funcionários” e que “só três chefes ganharam”. “O resto está aqui trabalhando”, assegurou.
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Dinheiro para aposentadoria e organizar caravana em Curitiba
Entre os trabalhadores do partido que foram ganhadores da Mega-Sena, apenas o assessor regimental da Comissão de Trabalho e Cultura Laerte Cerqueira, 59 anos, aceitou dar entrevista.
Ao Estado de Minas, ele afirmou que planeja dar um apartamento para a filha e “resolver um problema de herança de irmãos”. Cerqueira ainda aproveito para militar e criticar a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro, dizendo que pretende reservar um dinheiro para a aposentadoria.
Além disso, outra parte seria reservada para financiar um ônibus para levar correligionários brasilienses para um ato em frente à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, no dia do aniversário do ícone petista.
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Realista e modesto, o novo milionário disse ainda ao jornal que, assim como os colegas, não tem intenção de deixar o trabalho na Câmara, onde está desde 1998. “O pessoal que foi premiado tem a consciência da necessidade. Com os dias, possivelmente, alguns vão rever o que vão fazer”.