O ministério da Economia elevou ligeiramente sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2019. Segundo o governo, o PIB deve avançar 0,85% neste ano. Na avaliação anterior, divulgada em julho, a expectativa era de um crescimento de 0,81%. O dado foi divulgado nesta terça-feira (10) e consta no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica da pasta.
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A elevação do número ocorre depois de quatro cortes sucessivos nas estimativas de crescimento do país. O Orçamento do governo para 2019 foi elaborado com a expectativa de crescimento de 2,5%. Em março, essa previsão caiu a 2,2%, em maio caiu ainda mais, a 1,6% e, em julho, chegou a 0,81%.
As projeções são semelhantes às do Boletim Focus , do Banco Central, que semanalmente ouve economistas para avaliar as expectativas do mercado financeiro para o cenário econômico brasileiro. De acordo com o último relatório, divulgado nesta segunda, o PIB do ano deve crescer 0,87%.
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Na avaliação do ministério da Economia, a economia brasileira deve começar a se recuperar a partir de setembro, sob o efeito do corte da taxa de juros, a Selic (hoje em 6% ao ano), e da liberação dos saques do FGTS , tanto das contas ativas quanto das inativas.
"Setembro marca o começo de um novo período. Em agosto, me parece que se encerrou um ciclo extremamente difícil da economia brasileira, mas a partir de setembro vamos poder observar com mais consistência uma retomada, passo a passo, da recuperação da economia brasileira. É claro que as mudanças não se dão do dia para a noite, e nem são saltos. A partir de setembro, teremos uma direção consistente de recuperação", afirmou o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida.
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Ainda segundo o governo, a grande maioria dos mais de 33 milhões de trabalhadores elegíveis ao crédito automático do FGTS na conta poupança da Caixa Econômica Federal vão receber o recurso entre setembro e outubro, o que deve aquecer a economia.
Inflação
O governo prevê inflação menor para 2019. A projeção, que estava em 3,8% para o ano, agora é de 3,6%, principalmente por conta da descompressão do preço dos alimentos. O número permanece dentro do intervalo de tolerância para a inflação, entre 2,75% e 5,75%, mas fica abaixo da meta central fixada pelo governo para 2019, que é de 4,25%.