O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta segunda-feira (12) o mercado como "desafiador" devido à volatilidade do câmbio causado pelo resultado das prévias eleitorais na Argentina , em que o atual presidente, o liberal Maurício Macri, teve desempenho abaixo do esperado pelo mercado. Campos Neto ponderou, contudo, que o Brasil vive uma situação distinta do país vizinho.

Presidente do Banco Central também se mostrou otimista com a possível aprovação da reforma da Previdência
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Presidente do Banco Central também se mostrou otimista com a possível aprovação da reforma da Previdência

"Hoje é um dia desafiador. Temos a Argentina subindo juros e vendendo moeda no mercado, mas achamos que o Brasil está preparado", disse Campos Neto em palestra na 20ª Conferência Anual Santander, evento promovido na sede da operação brasileira do banco espanhol, em São Paulo.

Para Campos Neto, o  sobe e desce do dólar no Brasil hoje é sinal de que a polarização política ao redor do mundo, evidenciada pelo resultado pré-eleitoral da Argentina, pode ainda trazer riscos a economias emergentes com a casa mais bem arrumada como o Brasil está hoje.

Campos Neto aproveitou para reforçar que as  previsões de inflação do Brasil estão ancoradas com as expectativas do mercado, a taxa de juros Selic, em 6%, está no menor patamar da história. Com a aprovação da reforma da Previdência, o Brasil deve ter uma melhoria na nota do país pelas agências internacionais de avaliação do risco do crédito.

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"O CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra inadimplência de um país) já corrobora com um upgrade da nota do Brasil", disse Campos Neto.

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