A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 caiu, passando de 1,6% para 0,81%. A revisão foi anunciada nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Economia, que também informou que para 2020, a previsão também diminuiu: reduzindo de 2,5% para 2,2%.
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Em relação à estimativa da inflação para 2019, o número foi revisado e reduzido de 4,1% para 3,8%. A meta do Banco Central é que neste ano a inflação seja de 4,25%, mas há um intervalo de tolerância do sistema de metas que varia de 2,75% a 5,75%.
As previsões oficiais foram semelhantes ao que foi divulgado no último relatório Focus, realizado pelo Banco Central. O estudo é feito com base em informações de analistas do mercado financeiro, e, em linhas gerais, prevê um crescimento de 0,82% para o PIB de 2019 e uma inflação de 3,8%.
O documento publicado pelo Ministério da Economia, indica que para o segundo trimestre de 2019 a recuperação econômica continua lenta.
Impacto da reforma da Previdência
Discutida nesta semana na Câmara dos Deputados, o governo aposta que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O documento aponta, ainda, que a aprovação da reforma da Previdência terá um papel importante no crescimento econômico. "A retomada do crescimento da economia brasileira deverá passar necessariamente por um conjunto de reformas de reequilíbrio fiscal, onde a nova Previdência assume papel de protagonismo, bem como reformas pró-mercado", diz o texto do Ministério da Economia.
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Sobre as previsões para 2020, a Secretaria de Política Econômica acredita que a redução da expectativa do crescimento se caracteriza "substancialmente ao efeito base, ou seja, o menor patamar do PIB neste ano afetará o desempenho do PIB em 2020".
Em entrevista coletiva, durante a apresentação das novas previsões, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que, com a aprovação da reforma da Previdência, há grandes chances de um aumento de 0,5 ponto percentual por ano o crescimento anual do PIB.