A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela 16ª semana consecutiva, ficando abaixo de 1% pela primeira vez, de acordo com o Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (17) com participações de instituições financeiras.
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A projeção para expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi reduzida de 1% para 0,93%. No início deste ano, a alta estimada era de 2,53%.
Segundo a pesquisa, a tendência é que a economia tenha crescimento maior em 2020, embora a previsão para o próximo ano também tenha sido reduzida, de 2,23% para 2,20%, no segundo recuo consecutivo. Para 2021 e 2022, as estimativas permanecem em 2,50%.
Prévia da inflação e taxa Selic também caem
A estimativa de inflação para este ano, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,89% para 3,84%, na terceira diminuição seguida. A previsão foi mantida em 4% para 2020 e em 3,75% para 2021 e 2022.
A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Caso as projeções do mercado acertem, a meta seria atingida, portanto. A estimativa para 2020 está no centro da meta estipulada para o ano: 4%. Esse valor também tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, varia de 2,5% a 5,5%. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com a mesma tolerância. O CMN ainda não definiu a meta para 2022.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano, o menor valor da história. O mercado reduziu a projeção para a Selic ao final de 2019 de 6,5% ao ano para 5,75%. Para o fim do ano que vem, a expectativa para a taxa básica caiu de 7% para 6,5% ao ano.
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Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Por outro lado, quando o comitê aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.