A recessão vivida pelo Brasil atingiu com força a indústria nacional entre 2014 e 2017, cortando 1,1 milhão de vagas no período (12,5%) e reduzindo salários das vagas remanescentes em 14,7%, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Os dados revelam ainda que a receita da indústria brasleira caiu 7,7% entre o início oficial da recessão, em 2014, e 2017. Segundo o IBGE, 7,7 milhões de brasileiros trabalhavam na indústria em 2017, queda de 12,5% em relação a 2014. Deste total, 97,5% trabalhavam na área de transformação, e o restante na indústria extrativa.
O segmento com a maior parcela nos empregos da indústria extrativa em 2017 foi a fabricação de produtos alimentícios (23,3% do todo), seguido por confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,2%) e ainda a fabricação de produtos de metal (6%).
Na indústria extrativa, os setores com maior fatia do emprego foram a extração de minerais metálicos (41,4% do total registrado pelo setor) e a extração de minerais não metálicos (41,1%).
No período que abrange de 2008 a 2017, os segmentos que mais fecharam postos de trabalho foram extração de carvão mineral (-38,7%), fabricação de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-32,9%) e fabricação de produtos de madeira (-22,4%).
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Os setores que mais abriram vagas no País foram extração de petróleo e gás (441,7%), extração de minerais metálicos (44,5%) e fabricação de bebidas (28,1%). Em 2017, a receita líquida de vendas registrada pela indústria brasileira somou R$ 3,9 trilhões, 7,7% menos do que em 2014.