A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) entre os agentes do mercado financeiro caiu entre abril e maio, de acordo com levantamento da XP Investimentos com 79 gestores de recursos, economistas e consultores, divulgado nesta segunda-feira (27).
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O levantamento revela que o percentual daqueles que consideram o governo bom ou ótimo caiu de 28% para 14% e a fatia dos que avaliam o governo como regular recuou de 48% para 43% no período, ao passo que a avaliação negativa (ruim ou péssimo) subiu de 24% na pesquisa anterior para 43%.
A expectativa em relação à administração do presidente também caiu. A soma de bom ou ótimo despencou de 60% para 27% entre abril e maio. Ruim e péssimo também aumentou, indo de 13% para 23%. A avaliação regular, por sua vez, teve o maior salto, passando de 28% para 51%.
Por outro lado, a análise do mercado financeiro em relação ao Congresso melhorou mensalmente. O grupo dos agentes que consideram como ótima ou boa a atuação do Congresso saltou de 15% para 32%, enquanto o grupo que avalia o Parlamento como ruim ou péssimo caiu de 40% para 25%.
Otimismo com reforma da Previdência segue em alta
Em relação à aprovação da reforma da Previdência, a confiança do mercado continua elevada. Dos 79 agentes consultados, 80% afirmaram que acreditam que a proposta será aprovada em 2019, mesmo nível apontado desde a pesquisa de fevereiro, mês em que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 foi apresentada pelo governo. A expectativa mediana de economia com a reforma segue em R$ 700 bilhões em dez anos, uma desidratação de R$ 537 bilhões do projeto original. Paulo Guedes , ministro da Economia, defende enfaticamente o número de R$ 1 trilhão.
A maioria dos agentes também diz acreditar que a reforma será votada na comissão especial entre junho e julho (80%), enquanto 20% avaliam que deve ocorrer entre agosto e dezembro. A primeira votação no plenário da Câmara deve ficar para entre agosto e setembro para 85% dos entrevistados, enquanto apenas 6% acreditam que deve acontecer antes do recesso parlamentar. Outros 9% esperam que ocorra no quarto trimestre. A aprovação final no Congresso acontecerá no quarto e último trimestre para 71% dos participantes, enquanto 19% veem a reforma sendo aprovada no terceiro trimestre. Um a cada dez, ou 10%, acreditam em aprovação em 2020 ou depois.
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Segundo o levantamento da XP, feito entre os dias 22 e 24 deste mês, se uma reforma da Previdência com impacto de 50% da proposta original for aprovada, a bolsa pode subir 7%, para 100 mil pontos, e o câmbio teria 3% de apreciação, caindo a R$ 3,90. Caso seja aprovada a proposta como enviada pelo governo, a bolsa poderia subir até 28%, atingindo 120 mil pontos, e o câmbio poderia apreciar 10%, se aproximando de R$ 3,60. Por outro lado, sem a aprovação da reforma da Previdência, a bolsa poderia cair 20%, atingindo 75 mil pontos. O câmbio subiria 12%, para R$ 4,50, segundo o mercado.