Câmara aprova maior capital estrangeiro na aviação e proíbe cobrança de bagagem Por Brasil Econômico - com informações da Agência Brasil | 22/05/2019 05:25:31 - Atualizada às 22/05/2019 07:34:31 Home iG › Economia Medida autoriza empresas a terem participação ilimitada de capital estrangeiro, deixando de existir o limite de 20% nas aéreas nacionais Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil MP perderá validade se não for aprovada pelo Senado nesta quarta-feira O plenário da Câmara aprovou na noite desta terça-feira (21) a Medida Provisória (MP) 863/18, que autoriza as empresas de aviação com sede no Brasil a terem participação ilimitada de capital estrangeiro. Com isso, deixa de existir o limite de 20% de capital estrangeiro nas aéreas nacionais. No entanto, o dispositivo pode perder a validade caso não seja aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (22). Leia também: Por reforma, governo pode abrir mão de mudanças no BPC e na aposentadoria rural Ao ser analisada em comissão mista, o relator da proposta, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), incluiu no texto o fim da cobrança por bagagem despachada e a exigência de que as empresas estrangeiras de aviação sejam obrigadas a operar rotas regionais. Nas linhas domésticas, a franquia de bagagem por passageiro será de 23 kg nas aeronaves acima de 31 assentos. Nas linhas internacionais, a franquia funcionará pelo sistema de peça ou peso, seguindo a regulamentação específica. Os trechos, no entanto, foram considerados como “jabutis” pelo governo federal , mas a falta de tempo para negociação no Congresso antes que medida caducasse inviabilizou a retirada dos dispositivos - que poderão ser vetados pelo presidente Jair Bolsonaro . A MP altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7565/86) ao modificar as condições para outorga de concessão para exploração de serviços de transporte aéreo regular e não regular. Ao ser editada ainda pelo ex-presidente Michel Temer, o governo ressaltou que o limite de até 20% de participação de capital estrangeiro fazia com que o Brasil fosse um dos países mais fechados a investimentos do setor aéreo. "De acordo com informações do Banco Mundial contidas no estudo Investing Across Borders apenas países como Arábia Saudita, Etiópia, Haiti e Venezuela se mostram mais restritivos à participação de investidores estrangeiros em empresas aéreas - neles o capital estrangeiro com dierito a voto não é permitido. Por outro lado, países sul-americanos como Chile, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Bolívia permitem até 100% de controle acionário por investidores estrangeiros em empresas aéreas nacionais", apontou a justificativa da medida provisória. Ao editar a MP, o governo argumentou que o dispositivo visava estimular aspectos como o aumento da competição e a desconcentração do mercado doméstico, o aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas pelo transporte aéreo regular e a redução do preço médio das passagens. Leia também: Novas regras para bagagem de mão começam em mais cinco aeroportos A volta da franquia mínima de bagagem foi apresentado como destaque à MP pelo PT e aprovado de forma simbólica. Com a votação do destaque, a sessão foi encerrada. Link deste artigo: https://economia.ig.com.br/2019-05-22/camara-aprova-mp-que-amplia-capital-estrangeiro-na-aviacao.html