Em reunião na residência oficial com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, líderes partidários fecharam acordo para votar a admissibilidade da reforma da Previdência (PEC 6/19) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta terça-feira (23). Segundo Augusto Coutinho (PB), líder do Solidariedade, partido do chamado Centrão, a tendência é que a votação seja encerrada em um dia e que o texto seja aprovado no colegiado.
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Ficou acertada no encontro a retirada de quatro pontos da proposta da nova Previdência antes que ela possa ser aprovada e encaminhada à comissão especial, próxima etapa da tramitação do projeto. “Temos quatro pontos e esses pontos são pacíficos que serão tirados. São pontos avessos à matéria que se achou por bem em tirar já na CCJ, e outros serão debatidos na comissão especial. A oposição vai tentar postergar, mas acredito que essa matéria vai ser votada hoje na CCJ”, afirmou o líder.
O relator do parecer, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), confirmou, anunciando que irá modificar trechos do texto que recomenda a admissibilidade da proposta enviada ao Congresso Nacional pelo governo Jair Bolsonaro em 20 de fevereiro. Segundo ele, o governo chegou a um acordo com o Centrão e agora tem os votos necessários para a aprovação na CCJ.
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A tendência, segundo os que sustentam a base do governo e são favoráveis à reforma, é que a oposição busque adiar a votação, mesmo sabendo que não tem os votos necessários para barrar o projeto na primeira comissão da Câmara. Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho, disse estar "bastante animado" para a votação na CCJ. Caso a proposta seja aprovada, ela seguirá para a comissão especial, que tem como missão avaliar o conteúdo da PEC.