Professou criticou gesto de Bolsonaro em exaltar golpe que abriu caminho para ditadura militar
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Professou criticou gesto de Bolsonaro em exaltar golpe que abriu caminho para ditadura militar

A editora Boitempo anunciou que, ao longo da semana que se inicia nessa segunda-feira (1ª), os livros editados pela empresa que tratam sobre a  ditadura militar no Brasil (1964-1985) estarão com até 60% de desconto.

De acordo com a editora, mais de 20 títulos sobre a ditadura militar publicados pela Boitempo estarão disponíveis com desconto, com preços a partir de R$ 1,99 (valor para mini e-books).

A campanha promocional é lançada no momento em que o golpe que depôs o então presidente João Goulart, em 31 de março de 1964, completa 55 anos. O anúncio da editora veio acompanhado por texto do professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ Mauro Luis Iasi com duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro, que conclamou as Forças Armadas a  realizarem as "devidas comemorações" ao aniversário do golpe. 

O professor da UFRJ, que é pesquisador do Nepem (Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas), classifica Bolsonaro como "desqualificado", e acrescenta que capitão da reserva do Exército se mostra "isolado, atrapalhado e afogado em sua própria mediocridade". Para Iasi, o aceno aos militares com a lembrança de 1964 é uma do presidente tentativa de restabelecer sua base de apoio em um momento em que seu governo não enfrenta vida fácil.

Para além das críticas, a determinação de Bolsonaro para que os militares realizem comemorações nesse domingo (31) virou discussão na Justiça nos últimos dias. Ainda nessa sexta-feira (29), juiza federal de Brasília ordenou que as Forças Armadas se abstenham de atender ao pedido do presidente. Já neste sábado (30), desembargadora plantonista do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) derrubou a decisão .

Em postagem nas redes sociais, a editora Boitempo utilizou a hashtag #DitaduraNuncaMais, que foi o mote de capanha ao longo do dia.

O sábado teve também manifestações populares nas ruas, como em São Paulo, onde familiares de vítimas da ditadura militar levaram fotos de desaparecidos em protesto na Vila Mariana, zona sul da capital paulista.

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