Banco Central mantém Selic em 6,5% ao ano, o menor nível da história
Já é a oitava vez consecutiva que a instituição decide não mexer nos juros básicos da economia brasileira; decisão, porém, já era esperada por analistas
Pela oitava vez seguida, o Banco Central (BC) decidiu não alterar os juros básicos da economia. Nesta quarta-feira (20), na primeira reunião após a posse do novo presidente do BC, Roberto Campos Neto, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
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Com a decisão, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do BC, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que chegasse a 6,5% em março de 2018.
Para os próximos meses, a expectativa de alguns setores da economia é de que a Selic caia ainda mais. Em nota, o presidente em exercício da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Paulo Afonso Ferreira, avaliou que "a fraca recuperação da economia indica que há necessidade de redução dos juros" num futuro próximo.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2018, o indicador fechou em 3,75%, contra 2,95% em 2017. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o IPCA acumula variação de 3,89%.
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Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Inflação
Segundo o Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo BC, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2019 em 4% e continuará baixo até 2021. De acordo com o Boletim Focus, pesquisa semanal feita com instituições financeiras e divulgada pelo Banco Central, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,89%.
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Depois de encerrar 2017 abaixo do piso da meta, a inflação subiu no ano passado. O índice foi afetado principalmente pela greve dos caminhoneiros , que durou 11 dias e provocou desabastecimento de alguns produtos no mercado, e pela alta do dólar no período. Mesmo assim, o IPCA voltou a registrar níveis baixos nos últimos meses de 2018, tendo fechado o ano abaixo de 4%.
*Com informações da Agência Brasil