O mercado financeiro tem clima eufórico nesta segunda-feira (29), após vitória de Jair Bolsonaro (PSL), eleito, no domingo (28), o novo presidente da República Federativa do Brasil, com 55,13% dos votos válidos (cerca de 57 milhões).
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No início da manhã, primeiro dia útil após vitória de Jair Bolsonaro , o dólar chegou a cair mais de 1,3%, atingindo um cerca de R$ 3,58, o menor valor registrado desde o mês de maio. Durante a última sessão, no entanto, por volta das 12h, a queda diminuiu e passou a ser de 0,35%, vendida a R$ 3,64.
Na sexta-feira passada (26), o dólar fechou o dia em queda de 1,39%, cotado a R$ 3,65.
O mesmo aconteceu com a Bolsa de Valores. No começo da segunda-feira, a Bolsa registrava alta de 3,1%, alcançando 88.377,16 pontos, superando o patamar de fevereiro de 2018, quando atingiu 88.317,83. Às 12h, no entanto, passado o entusiasmo inicial, o avanço caiu para 0,78%, a 86.388,74 pontos.
Também na sexta-feira, o Ibovespa terminou o dia operando em alta de 1,95%, com 86.719 pontos.
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Após vitória de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes cita medidas que devem ser tomadas para a economia
A queda da moeda americana e o crescimento da Bolsa que marcaram a segunda-feira se devem às expectativas de que o novo presidente, que assume o cargo em 1º de janeiro de 2019, adote uma agenda econômica favorável e positiva para o mercado.
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Em seu primeiro discurso após a divulgação do resultado do segundo turno das eleições 2018, Bolsonaro disse que seu governo será comprometido com a responsabilidade fiscal, eliminando o déficit público para que seja convertido em superávit rapidamente. Ele prometeu diminuir os gatos públicos e acabar com os privilégios.
O economista Paulo Guedes , que será o futuro ministro da Fazenda do presidente, declarou, após vitória de Jair Bolsonaro , que sua prioridade será a retomada do crescimento econômico do País, focada no controle dos gastos públicos e na segurança jurídica, para atrair investimentos do setor privado e reverter o cenário de desemprego. Guedes também elencou as privatizações como ponto importante do processo, e disse que é preciso acelerá-las, já que “não é razoável o Brasil gastar 100 bilhões de dólares por ano de juros da dívida. O Brasil reconstrói uma Europa todo ano.” O destaque principal do economista, no entanto, foi para a reforma da Previdência.