Após pesquisa de intenção de voto divulgada ontem (2) pelo Datafolha confirmar o crescimento acima da margem de erro do candidato Jair Bolsonaro (PSL) indicado na véspera pela pesquisa do Ibope, o mercado financeiro seguiu repercutindo os números e a cotação do dólar voltou a cair mais de 2% nesta quarta-feira (2). A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por sua vez, opera em forte alta de mais de 3%.
Desde a abertura do mercado às 9h até o meio-dia, a cotação do dólar esteve abaixo dos R$ 3,90 o tempo todo. Na mínima do dia até o momento, o dólar comercial alcançou R$ 3,8227 e, na máxima, só alcançou R$ 3,8778. Agora, a moeda flutua em torno de R$ 3,85.
Na véspera, a cotação do dólar fechou em queda de 2,09%, vendida a R$ 3,9333. Esse foi o menor valor final de um dia desde 17 de agosto, quando a moeda americana estava em R$ 3,9146, porém, em alta.
Já o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) que fechou a terça-feira (2) em forte alta de 3,78%, atingindo os 81.593 pontos, na maior alta diária desde 7 de novembro de 2016 quando a Bolsa subiu 3,98% seguiu em forte alta nessa quarta-feira (3). Após apresentar alta de mais de 4%, atingindo 85.442 pontos na máximo do dia até o momento, às 12h o Ibovespa subia em 2,96%, no patamar dos 84.025 pontos.
Com pesquisas de intenção de voto para presidente de grandes institutos para serem divulgadas em todos os dias desta semana, as atenções do mercado agora se voltam novamente para os números da pesquisa Ibope que devem ser divulgados ainda hoje, por volta das 20h30, já após o fechamento do mercado. Portanto, os reflexos de uma continuação do crescimento de Jair Bolsonaro na liderança das intenções de voto devem ser sentidas no mercado apenas amanhã (3).
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Pesquisa Ibope influencia cotação do dólar
Além do crescimento de 4 pontos percentuais de Jair Bolsonaro (PSL), saindo de 28% para 32%, a pesquisa Datafolha
também apresentou uma oscilação negativa de 1% de Fernando Haddad (PT) de 22% para 21%.
Além disso, a pesquisa Datafolha também divulgou números da rejeição dos candidatos, fator que pode ser decisivo num eventual segundo turno. Nesse caso, enquanto 45% e não mais 46% dos eleitores entrevistados disseram rejeitar Bolsonaro, a rejeição de Haddad, seu principal oponente, subiu 9 pontos percentuais, de 32% para 41%.
Por fim, a pesquisa Datafolha apresentou ainda um cenário mais otimista de segundo turno para o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Se no Ibope ele e o candidato do PT, Fernando Haddad, apareciam empatados em 42%, no Datafolha, Bolsonaro assumiu a liderança de um possível cenário entre os dois com 44% contra 42% de Haddad. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, a diferença era de 45% a 39% em favor do petista.
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Diante disso, o mercado financeiro interpretou com otimismo os resultados favoráveis para o candidato de direita, mais liberal e teoricamente mais comprometido com a agenda de reformas pretendidas pelo setor e tudo isso impactou tanto na cotação do dólar quanto no Ibovespa.