Desemprego recua para 12,1%, mas falta emprego para 12,7 milhões de brasileiros
Taxa de desocupados caiu no período de junho a agosto deste ano, segundo IBGE; trata-se da 5ª queda consecutiva e do menor índice registrado no ano
Por Brasil Econômico |
A taxa de desemprego no Brasil caiu nos últimos três meses. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE, o contingente de desocupados no País chegou a 12,1% entre junho e agosto, número que representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao registrado no período anterior. Trata-se da quinta queda consecutiva no índice e a menor taxa de desocupação verificada em 2018.
Apesar do recuo do desemprego no Brasil , ainda falta emprego para 12,7 milhões de brasileiros. Pouco mais de 500 mil pessoas deixaram de figurar nesse grupo no último trimestre e, no mesmo período do ano passado, os desempregados no País somavam 13,1 milhões.
Mais de 27,5 milhões de brasileiros têm alguma ocupação, mas trabalham menos de 40 horas por semana – são os chamados subocupados, como profissionais freelancers e motoristas de aplicativos. A taxa de subutilização verificada no trimestre de junho a agosto de 2018 foi de 24,4%, número que representa estabilidade na comparação com o período de março a maio (24,6%). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, no entanto, houve alta de 0,4 ponto percentual.
Ainda segundo o IBGE
, 4,8 milhões de brasileiros se enquadram atualmente no grupo de pessoas desalentadas, que são aquelas que fazem parte da força de trabalho potencial, mas que já não procuram emprego por achar que não há espaço para elas no mercado formal. O número significa alta de 13,2% em relação ao mesmo trimestre de 2017, o que significa dizer que 600 mil pessoas passaram a integrar esse grupo.
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Trabalho autônomo e ajuda a reduzir taxa de desemprego no Brasil
A população ocupada no Brasil hoje é de 92,1 milhões, número que representa alta de 1,3% no último semestre (mais 1,2 milhão de pessoas). Desse grupo, 33 milhões estão empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, dado que indica estabilidade na comparação com o trimestre anterior, mas também representa 444 mil pessoas a menos em relação ao mesmo período de 2017.
O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,2 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e subiu 4% (mais 435 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
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O grupo de brasileiros que trabalham por conta própria (autônomos) cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior e hoje engloba 23,3 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 1,9% (mais 437 mil pessoas).
As informações sobre o desemprego no Brasil constam do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.