A Petrobras anuciou, nesta terça-feira (8), um crescimento de 56,5% no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 6,96 bilhões. Além disso, a estatal também aumentou o preço da gasolina vendida às distribuidoras, que passou de R$ 1,8177 a R$ 1,8404.
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Este crescimento expressivo chega após quatro anos seguidos de prejuízos e de um processo de reestruturação e de redução do endividamento da companhia, que teve início após as denúncias da Operação Lavo Jato. Segundo a Petrobras , este é o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões.
De acordo com a estatal, o aumento no lucro pode ser explicado pela alta nas cotações internacionais do petróleo, que saíram de US$ 53,8 na média do primeiro trimestre de 2017 para US$ 66,8 este ano.
A mudança no preço do exterior também permitiu que a empresa obtivesse margens mais elevadas nas exportações de petróleo e gás natural, assim como na venda de derivados. A empresa também teve ganhos com a alienação de ativos de Lapa, Iara e Carcará no pré-sal da Bacia de Santos.
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“Este é um resultado certamente bastante positivo e que espelha não apenas o esforço que está sendo feito na empresa nos últimos tempos, e que acontece em todas as áreas, consolidando a recuperação”, diz Pedro Parente, presidente da estatal.
Segundo o mandatário da estatal, além de consolidar o processo de recuperação da empresa, “o balanço indica resultados financeiros positivos, com redução da alavancagem [da dívida], redução de custos e gerando uma base muito sólida para que a companhia possa criar uma base muito sólida em direção ao pleno retorno na direção do aumento da sua capacidade exploratória, cuja área cresceu 25%".
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“O indicador financeiro, que é a relação entre a dívida líquida e o Ebitda [sigla em inglês que significa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] também registrou melhora, saindo de 3,67 vezes para 3,52, reafirmando o compromisso estabelecido no plano de negócios da Petrobras de chegar ao fim do ano com uma relação dívida líquida/Ebitda ajustada de, no máximo, 2,5 vezes”, afirma Parente.