De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro de 2018, havia pelo menos 13,1 milhões de pessoas em situação de desemprego no País. Embora o órgão ainda não tenha divulgado dados mais recentes, março parece ter sido um mês mais satisfatório para o mercado de trabalho.
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O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho publicou nesta sexta-feira (20) que em março, 56.151 novos postos de trabalho formais foram abertos no mercado de trabalho . O saldo decorrente de 1.340.153 admissões e de 1.284.002 desligamentos representa um crescimento de 0,15% em relação a fevereiro.
Vale destacar que no mesmo levantamento do ano passado, março obteve uma variação negativa de 0,17% em relação ao mês anterior, já que obteve 1.261.332 admissões contra 1.324.956 demissões, ou seja, com um déficit de 63.624 postos de trabalho.
Setores
Na apuração foi constatado que dos oito principais setores econômicos, seis tiveram crescimento na abertura de vagas. Para se ter uma ideia, a categoria de serviços abriu 57.384 novos postos de trabalho – esse número não considera as demissões, apenas as contratações – e obteve um crescimento de 0,34% sobre o mês anterior.
Outro setor que voltou a contratar foi a indústria de transformação, uma vez que teve saldo positivo de 10.450 postos de trabalho formais abertos em março. Vale destacar que o nível de ociosidade industrial caiu para 21,9% em janeiro, o menor índice desde julho de 2015, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Já entre os setores que apresentaram saldos negativos estão a agropecuária e o comércio, com retrações respectivas de 17.827 e 5.878.
Regiões
Ao se considerar as regiões, o Sudeste foi a que obteve o melhor acréscimo de 46.635 postos de trabalho. Logo em seguida no ranking vem o Sul com o aumento de 21.091 vagas formais e o Centro Oeste com o saldo positivo de 2.264.
Norte e Nordeste foram as regiões que tiveram os piores resultados em relação à empregabilidade com saldos negativos respectivos de 231 postos e 13.608.
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Reforma trabalhista
De acordo com o governo, em março, houve 13.522 desligamentos no país mediante acordo patrão/trabalhador. A apuração constatou nesse mesmo recorte que São Paulo foi o estado que apresentou a maior quantidade de desligamentos do Brasil, com 4.204. Em seguida, vem Paraná e Rio de Janeiro na lista com desligamentos de 1.537 e 1.255 respectivamente.
Entre as novidades da reforma instaurada em novembro de 2017 está a modalidade de trabalho intermitente – quando o trabalhador é contratado para prestação de serviços de forma não contínua – que realizou 4.002 admissões em março contra 803 desligamentos no mesmo período, gerando o saldo de 3.199 empregos.
As contratações da modalidade se concentram na região Sudeste, visto que São Paulo apresentou saldo positivo de 767 postos, Minas Gerais ficou em segundo lugar com 446. Depois, aparece no ranking respectivamente Rio de Janeiro e Espírito Santo com 361 e 316 postos. De outras regiões, Goiás e Ceará vieram em seguida com 235 e 171 postos.
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Trabalho parcial
O regime de trabalho parcial também apresentou números positivos para o mercado de trabalho , com 6.851 admissões e 3.658 desligamentos, gerando o saldo de 3.193 empregos.
*Com informações da Agência Brasil