Em breve, pessoas e empresas poderão fazer a transferência de dinheiro em tempo real, sem restrição de horário ou forma de pagamento. Essa é a ideia do Banco Central (BC), que estuda um sistema de pagamentos instantâneos no Brasil.
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Segundo informações do BC, foi criado um grupo de trabalho, do qual participam instituições financeiras, para discutir os pagamentos instantâneos. “Esses estudos, que são de longa maturação e fazem parte da Agenda BC+, estão em fase preliminar e seus resultados devem ser apresentados para apreciação da Diretoria Colegiada do BC apenas no segundo semestre”, diz nota divulgada pela instituição.
Formada por medidas para tornar o crédito mais barato, a Agenda BC+ busca aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente. As intenção do BC seria regular o sistema conhecido como "peer-to-peer", caracterizado como as transações diretas entre empresas e pessoas.
Dessa forma, seria possível passar dinheiro de uma conta corrente para o cartão de crédito a qualquer hora do dia usando o celular, por exemplo. Para que isso seja possível, é necessário que haja comunicação total entre contas correntes e cartões de cédito, além de mudanças no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Este sistema, hoje em dia, não permite a conclusão de transferência entre bancos diferentes fora do horário comercial.
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Os debates sobre o modelo de pagamento instantâneos ainda estão em estágio inicial, mas é provável que as contas de pagamento ganhem mais espaço em transferências de pequenos valores caso haja a concretização do projeto. Isso porque elas são parecidas com as contas correntes, mas com menos funcionalidades, o que faria com que o custo se tornasse inferior ao de uma TED.
Nome sujo?
Outra informação relacionada a pagamentos divulgada nesta quinta-feira (19) foi a de que o número de inadimplentes que afirmam já ter contratado empresas na tentativa de limpar o nome aumentou 16 pontos percentuais (25%) neste ano em relação ao meso período de 2017 (9%).
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Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 14% dos entrevistados que contrataram o serviço disseram que a situação foi resolvida, enquanto ouros 11% não tiveram o nome limpo. Nestes casos, 39% receberam parte dos pagamentos de volta, 31% receberam todo o dinheiro e 30% não foram restituídos em nada.
*Com informações da Agência Brasil