A porcentagem de homens que estão dedicando mais tempo aos afazeres domésticos cresceu entre os anos de 2016 e 2017, mas ainda há uma grande diferença entre a participação feminina e masculina nas tarefas. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), 92,6% das mulheres se dedicam a alguma atividade doméstica , enquanto a marca dos homens é de 78,7%.
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O estudo ainda constatou que a proporção de horas dedicadas a afazeres domésticos das mulheres é de 20,9 horas semanais, em média. A dos homens é de 10,8 horas, praticamente metade do tempo. Em âmbitos gerais, o número de pessoas que fazem tarefas domésticas passou de 81,3% para 84,4% entre os anos comparados, o que corresponde a 142,2 milhões de cidadãos.
Entre cônjuges ou companheiras, são as mulheres quem fazem a maior taxa dos afazeres com 97% de participação. Já entre os homens responsáveis pelo domicílio, 85% deles realizavam tarefas domésticas.
Também de acordo com o IBGE, existe uma diferença entre os homens responsáveis por domicílios que vivem sozinhos e em coabitação. Por exemplo, em tarefas relacionadas à preparação de alimentos, 91,8% dos responsáveis sozinhos faziam essa atividade, mas, quando se trata de homens que moram com alguém, o índice cai para 57,3%. Já em relação a cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos os índices são respectivamente de 88,2% e 51,7%.
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Cuidado de pessoas
A taxa de realização de cuidado de pessoas também é praticamente o dobro entre as mulheres de 14 a 24 anos, uma vez que 33,6% delas se dedicam à tarefa. Entre os homens da mesma idade, o índice chega a 18,5%. Mas, um dado apurado mostra certa tendência para o equilíbrio de gênero na tarefa, foi observado que os filhos homens passaram a se ocupar mais com cuidado de pessoas em 2017, com percentual passando de 12,7% a 16,2%.
Em termos gerais, mais 8,3 milhões de indivíduos passaram a cuidar de outra pessoa entre os anos de 2016 e 2017, o que corresponde a uma variação positiva de 31,5%, totalizando 53,2 milhões. Vale destacar que a taxa de crescimento entre as mulheres foi de 37% e entre os homens de 25,6%.
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Produção para o próprio consumo
A taxa de pessoas dedicadas à produção para o próprio consumo aumentou de 6,3% para 7,4% entre 2016 e o ano passado. E a variação positiva é maior entre os homens que teve crescimento de 7,9%, enquanto que das mulheres foi de 6,9%. Vale destacar que as atividades de cultivo, pesca, caça e criação de animais correspondem a 76,4% dessas atividades domésticas, enquanto que produção de carvão, corte ou coleta de lenha, palha ou outro material equivale a 16,9% dos afazeres para consumo próprio.
A pesquisa Pnad Contínua 2017 do IBGE investigou pessoas de 14 anos ou mais que realizaram trabalho não remunerado na produção para o próprio consumo, cuidados de pessoas, afazeres domésticos e trabalho voluntário.