O Banco Central (BC) mapeou os impactos da liberação do recurso dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e divulgou nesta quinta-feira (29) que o trabalhador utilizou boa parte do benefício para comprar imóveis.
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De acordo com a instituição, dos R$ 13,055 bilhões analisados, 38,4% foram destinados para a redução do endividamento, 14% para o aumento de gastos no cartão de crédito, 2,6% para a redução de inadimplência, enquanto que 40,5% do valor das contas inativas do FGTS mapeado foi utilizado para a compra de imóveis. Vale destacar que, em 2017, foi fornecido o total de R$ 44,3 bilhões.
O BC acredita que ao menos R$ 15 bilhões, que representa 54% dos recursos totais sacados, foram utilizados para investimentos e ativos financeiros e para financiar gastos com outros meios de pagamento, como dinheiro, cartão de débito, boleto e transferências bancária.
Já o valor sacado por indivíduos sem acesso a cartão de crédito ou a empréstimos do setor bancário e, portanto, não incluídos na análise, o BC hipotetiza que os recursos, avaliados em R$ 16,1 bilhões, foram destinados ao consumo.
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FGTS contribui para queda do endividamento
Segundo estimativas do Banco Central, houve queda de aproximadamente R$ 5 bilhões no endividamento, excluindo novos financiamentos de veículos e imóveis. Além disso, o relatório aponta para retração de R$ 335 milhões na inadimplência, e impacto positivo de R$ 7,7 bilhões nas despesas das famílias.
Ao menos R$ 1,83 bilhão foi destinado ao pagamento de compras por meio de cartões de crédito, tanto à vista quando parcelado.
Quando se trata de compra de bens duráveis, R$ 590 milhões do montade das contas inativas foram gastos como entrada para compra de veículos, enquanto R$ 5,3 bilhões foram destinados como entrada para compra de imóveis.
A liberação das contas inativas do FGTS do ano passado injetou R$ 44,3 bilhões na economia nacional e beneficiou, ao menos, 26 milhões de indivíduos, com saque médio de R$ 1.704.
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*Com informações da Agência Brasil