Desemprego cresce e atinge 13,1 milhões de brasileiros, aponta pesquisa do IBGE

Número de empregados com carteira de trabalho assinada chegou à marca de 33,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro; esse contingente é o menor nível já registrado na série histórica desde 2012

Foto: CNM/CUT
Entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, a taxa de desemprego estava em 13,2%

O desemprego atingiu 13,1 milhões de pessoas no Brasil no trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. A marca é um aumento de 4,4% frente ao trimestre anterior, de setembro a novembro de 2017, quando o registro foi de 12,6 milhões de pessoas.

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O estudo publicado nesta quinta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda aponta que, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o novo resultado é de queda, uma vez que, entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, a taxa de  desemprego  estava em 13,2%.

De acordo com a pesquisa Pnad Contínua, a mais recente taxa de desocupação está em 12,6%, número 0,6 ponto percentual (p.p) maior do que o registrado no trimestre anterior, quando o índice era de 12%.

Empregados

Em relação à população empregada, o IBGE apurou que esse grupo contava com 91,1 milhões de pessoas no período da pesquisa, o que significa que, em relação ao trimestre anterior, foram registrados menos 858 mil trabalhadores nessa categoria. Frente ao mesmo trimestre de 2017, houve redução de 2%, o que significa que menos 1,7 milhão de pessoas estava ocupada no final de fevereiro.

Outra queda anual registrada pela pesquisa foi no grupamento de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, que recuou 1,8% entre os perídos. Entretanto, quando se compara com o trimestre setembro a novembro de 2017, o índice é de estabilidade. Vale destacar que essa marca de 33,1 milhões de trabalhadores registrados é o menor índice na série histórica desde 2012.

O grupo dos empregados no setor público, estimado em 11,2 milhões de pessoas, obteve retração de 3,1% em relação ao trimestre passado, mas, na comparação com o mesmo trimestre de 2017, mais 359 mil pessoas passaram a integrar a categoria, com variação positiva de 3,3%.

Já o número de 10,8 milhões de empregados sem carteira assinada sofreu retração de 3,6% no comparativo com o trimestre anterior, mas, por outro lado, subiu 5% frente ao mesmo período do ano passado, o que representa 511 mil pessoas a mais.

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Vale destacar que a categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2017, na faixa de 23,1 milhões de pessoas, contudo, o IBGE constatou que, frente ao mesmo período do ano passado, o resultado é de alta de 4,4%, em que mais 977 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria no perído de um ano.

A população fora da força de trabalho, economicamente inativa, ou seja, que não trabalha e não está procurando por um emprego, cresceu 0,8% entre os trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro/2018 e setembro de 2017 a novembro de 2017, atingindo a marca de 64,9 milhões de pessoas. O número também é o maior nível na série história da Pnad Contínua. Frente ao mesmo trimestre de 2017, a marca é de estabilidade.

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Renda

Diferente do índice de desemprego , que sofreu aumento, quando o assunto é salário, o rendimento médio real habitual do novo trimestre é de R$ 2.186, praticamente estável em relação aos R$ 2.165 registrados no período setembro a novembro de 2017. No mesmo trimestre do ano anterior, o valor era de R$ 2.148.