Considerando o acumulado do primeiro bimestre, contas públicas tiveram superávit primário de R$ 29,527 bilhões
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Considerando o acumulado do primeiro bimestre, contas públicas tiveram superávit primário de R$ 29,527 bilhões

As contas públicas, representadas pela União, Estados e municípios, registrou saldo negativo de R$ 17,414 bilhões em fevereiro. No ano passado, o resultado deste mês tinha sido de R$ 23,468 bilhões negativos. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (28) pelo Banco Central (BC).

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Considerando o acumulado do primeiro bimestre, por influência do resultado positivo recorde de janeiro (R$ 46,94 bilhões), houve superávit primário de R$ 29,527 bilhões nas contas públicas , contra o resultado também positivo de R$ 13,244 bilhões em igual período de 2017.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, as contas ficaram com saldo negativo de R$ 94,3 bilhões, o que corresponde a 1,43% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A meta para o setor público consolidado é de um déficit de R$ 161,3 bilhões neste ano.

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Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Fernando Rocha, houve melhora nos resultados fiscais de fevereiro, devido ao processo de recuperação da economia, que leva a aumento da arrecadação. Ele destacou, no entanto, que o país precisa voltar a resultados positivos nas contas públicas para reduzir o endividamento público. “Os resultados fiscais de fevereiro mostram uma melhora, mas ainda teremos um novo ano de déficit primário”, disse.

Por conta das reduções na inflação e taxa básica de juros, a Selic, os gastos com juros se reduziram. Em fevereiro, ficaram em R$ 28,393 bilhões, contra R$ 30,776 bilhões no mesmo mês de 2017. No primeiro bimestre, essas despesas chegaram a R$ 56,707 bilhões, contra R$ 67,189 bilhões de igual período de 2017. Em 12 meses encerrados em fevereiro, os gastos com juros somaram R$ 390,344 bilhões, o que corresponde a 5,91% do PIB.

Dívida pública

O balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais, chamado de dívida líquida do setor público, teve um aumento e chegou a R$ 3,431 trilhões em fevereiro. Isso corresponde corresponde 52% do PIB, com aumento de 0,2 ponto percentual em relação a janeiro.

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Além das contas públicas, a dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 4,957 trilhões ou 75,1% do PIB , contra 74,5% registrados em janeiro. Neste mês, o BC informou que não vai mais divulgar as projeções para o endividamento público, pois as projeções geraram “ruídos” devido ao uso de estimativas de mercado para indicadores como parâmetros para produzir a estimativa de dívida. 

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