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Ciente da repercussão do caso sobre o currículo, a empresa enviou uma nova proposta à publicitária
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Ciente da repercussão do caso sobre o currículo, a empresa enviou uma nova proposta à publicitária

Interessada na vaga de executiva de contas da empresa Impulsa de Comunicação, a publicitária Carla Elvira enviou um currículo para tentar mudar de emprego. Até aí tudo bem. Mas, segundo publicou o portal Deutsche Welle , a companhia espanhola enviou um e-mail para a candidata dizendo que ela não poderia ingressar na vaga por que " somente um rapaz aguentaria o ritmo da função" .

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No e-mail, a empresa “argumentou” a rejeição da seguinte forma:  “Olá, Carla, agradecemos pelo seu currículo  ... Mas, neste momento, estamos procurando por um rapaz, porque as contas em que [essa pessoa] vai trabalhar são Carglass e da Coca-Cola... E, acredite em mim, [essas contas] precisam de um homem para aguentar o ritmo, as visitas, saber sobre a produção etc.  Mas, ficamos com seu histórico profissional para o caso de termos alguma vaga no futuro.  Obrigado e muita sorte!”

O print do e-mail enviado para Carla na última quarta-feira (14) viralizou em seu Twitter e gerou indignação entre os internautas, que apoiaram a denúncia da trabalhadora. “Incrível que ainda existam empresas que não apoiem a igualdade de gênero no ambiente de trabalho”, escreveu ela sobre a imagem.

Além da declaração na rede social, Carla afirmou, em entrevista ao jornal La Vanguardia , que toda a sua equipe do atual trabalho é formada por mulheres, que conduzem a agência perfeitamente. “Senti-me insultada”, concluiu.

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Nova chance?

Como se toda a polêmica não fosse o suficiente, a Impulsa, ciente da repercussão do caso, enviou novamente um e-mail à publicitária dizendo que, agora havia a possibilidade dela ser contratada. Carla não respondeu à empresa.

Vendo seus nomes relacionados na denúncia, a Coca-Cola e a Carglass se pronunciaram no Twitter dizendo que lamentam o ocorrido, e que ambas as companhias "são a favor de políticas inclusivas, diversas e igualitárias".  

Em entrevista, o diretor da Impulsa, Pere Terés, disse que lamenta o mal-entendido e que já conversou com a pessoa autora do texto, que teria cometido uma atitude precipitada sobre o currículo. “Convidamos Carla a vir aqui, somos uma empresa transparente, com paridade, que não aceita, em nenhuma circunstância, discriminação”.  

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