A cotação do bitcoin caiu em mais de 50% desde o início de 2018 e está abaixo dos US$ 6 mil – perto dos R$ 19 mil, na cotação desta segunda-feira (5), pela primeira vez neste ano. A explicação para a queda brusca é o aumento do interesse de alguns países em regulamentar a criptomoeda, fazendo com que muitos investidores fiquem com o ‘pé atrás’ na hora de comprar bitcoin, já que uma política regulamentadora pode implicar no rompimento do sistema Peer- to -peer (P2P), ou seja, pode acarretar um intermediário entre as operações, que, nas transações tradicionais, são os bancos.
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Vale destacar que, em dezembro de 2017, o bitcoin valia aproximadamente US$ 20 mil – na época correspondia a cerca de R$ 65 mil, o que faz com que o atual valor seja ainda mais impressionante diante das consecutivas altas ocorridas em 2017, que totalizaram um crescimento de 900% ao longo do ano.
De acordo com o portal inglês de notícias The Guardia n, o fato de países como China, índia, Coreia do Sul e Estados Unidos se mostrarem interessadas em regulamentar a moeda é uma resposta frente a ameaça à estabilidade financeira tradicional, que pode ser impactada com um cenário em que muitas moedas digitais estejam conectadas e dispensem os serviços das instituições financeiras.
O site ainda aponta para a forte argumentação política que há por trás desse interesse, que diz que a regulamentação da moeda digital é o melhor caminho "porque é dever do Estado proteger seus investidores e consumidores".
Além disso, a discussão sobre endurecimento nas regras vem após um roubo de mais de 500 milhões de tokens de NEM, uma das moedas digitais mais populares do país asiático. A quantia roubada pelos hackers - ainda não identificados - equivalia, na ocasião, pelo menos R$ 1,6 bilhão.
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Mais restrições
Recentemente, o Facebook proibiu anúncios referentes a moedas criptografadas, como o próprio bitcoin, em seu site. A restrição que deve ser ampliada para o Instagram, de acordo com a empresa, é parte de um trabalho voltado para a identificação de práticas de publicidade enganosas.
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*Com informações da Agência Ansa e portais internacionais