O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (21) uma revisão da expectativa de inflação para 2017. Segundo o BC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá terminar o ano em 2,8%, valor abaixo dos 4,5%, centro da meta oficial do governo. Em setembro, a projeção era de 3,2%.
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O BC deve perseguir a meta com limite inferior de 3% e superior de 6%. Se a estimativa for confirmada, esta será a primeira vez que a projeção oficial será descumprida por ficar abaixo do piso. Desde que o regime de metas foi criado, em 1999, a inflação ultrapassou o teto nos anos de 2001, 2002, 2003 e 2015.
O relatório divulgado pelo BC informa que o processo de desinflação foi acentuado pelo comportamento dos preços de alimentação no domicílio . Entre novembro de 2016 e 2017, a variação dos preços de alimentação no domicílio passou de 11,56% para o saldo negativo de 5,30%, o que significa uma queda de aproximadamente 16,9 pontos percentuais (p.p) no período acumulado de 12 meses.
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Para o ano que vem, a estimativa da inflação passou de 4,3% para 4,2%. Segundo o relatório, o aumento da inflação para 2018 em direção à meta de 4,5% se deve também às reduções da taxa básica de juros, a Selic, uma vez que a taxa básica menor estimula a economia, reduzindo a capacidade ociosa de produção. Já para 2019 e 2020, projetam-se os índices respectivos de 4,2% e 4,1%.
Câmbio e Selic
A expectativa do mercado financeiro para a taxa de câmbio é de R$ 3,29 para o final de 2017. O BC também elaborou projeções para 2018, 2019 e 2020, em que o dólar deve valer respectivamente R$ 3,30, R$ 3,40 e R$ 3,45.
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A Selic, por sua vez, encerra 2017 em 7% ao ano. A expectativa é que o indicador seja retraído novamente em fevereiro de 2018, chegando à marca de 6,75%. Por outro lado, em abril de 2019, já é esperado que o valor atinja os 8% e continue nesse patamar até o final de 2021. O BC também ressaltou que as projeções "dependem ainda de considerações sobre a evolução das reformas e ajustes necessários".
* Com informações da Agência Brasil.