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Henrique Meirelles não revelou o número de votos que o governo tem para a votação da reforma da Previdência
Agência Brasil
Henrique Meirelles não revelou o número de votos que o governo tem para a votação da reforma da Previdência

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta terça-feira (12) a possibilidade de a reforma da Previdência ser votada na Câmara dos Deputados somente no início do ano que vem, apesar de reafirmar que o governo segue se esforçando para que haja uma aprovação ainda em 2017. A declaração foi dada durante o almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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"Estamos preparados para, qualquer necessidade, votar no início do próximo ano", disse Meirelles . "O esforço do governo, o esforço de todos, o compromisso e esforço do presidente da República, do presidente da Câmara, da equipe econômica, dos líderes, é que seja votada na semana que vem. Agora é o que eu estou dizendo, se porventura, por alguma razão, isso não for viável, certamente começo de 2018 é uma hipótese".

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Meirelles não deu detalhes sobre a quantidade de votos que o governo tem atualmente, mas afirmou que a avaliação é realizada diariamente. O ministro disse, ainda, que existem riscos se a reforma não for aprovada. Segundo ele, se isso acontecer haveria "uma redução da nota de crédito do Brasil, teria consquências importantes para o custo de financiamento ao Brasil e, em consequência, para empresas, famílias e etc".

Questionado sobre os custos nas contas do governo por conta de concessões realizadas por parlamentares para garantir a aprovação, o ministro afirmou que a reforma terá um ganho "significativo" em uma perspectiva de dez anos, podendo chegar a R$ 600 bilhões. Segundo ele, as concessões realizadas para os parlamentares representam apenas uma fração desse valor.

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Ainda de acordo com o Meirelles, qualquer mudança orçamentária decorrente disso será alocada dentro do limite do teto de gastos, junto às demais despesas do governo federal. "Esse ganho [com a reforma da Previdência] é substancial, decisivo e necessário para o equilíbrio das contas públicas brasileiras", disse. "Portanto qualquer mudança que for feita na despesa tem que estar dentro do teto".

* Com informações da Agência Brasil.

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