Brasil Econômico

A última reunião de 2017 do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se iniciou na manhã desta terça-feira (5), com expectativa de redução da Selic, a taxa básica de juros. A primeira parte da reunião será realizada hoje e amanhã (6), a decisão da diretoria do BC deverá ser apresentada de forma oficial. O  mercado espera que o índice chegue ao seu menor nível na história.

Com a inflação mais baixa, a expectativa de instituições financeiras é que a Selic seja reduzida de 7,5% ao ano para 7% ao ano. Caso as projeções sejam confirmadas, este será o décimo corte seguido na taxa básica de juros. Em outubro, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual, passando de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. Com a redução, o indicador se igualou ao nível de maio de 2013.

Decisão da diretoria do Banco Central sobre a Selic será apresentada oficialmente nesta quarta-feira (6)
Arquivo/Agência Brasil
Decisão da diretoria do Banco Central sobre a Selic será apresentada oficialmente nesta quarta-feira (6)

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Entre outubro de 2012 e abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história. O índice passou a ser reajustado gradualmente, até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015, patamar mantido nos meses seguintes. Apenas em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia. 

Ainda de acordo com projeções do mercado, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá terminar o ano em 3,03%, próximo ao piso da meta de 4,5% estabelecida pela equipe econômica do governo, que tem tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2018, a previsão é que a inflação fique um pouco maior, mas ainda abaixo do centro da meta, em 4,02%.

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A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para outras taxas de economia. Ao elevar o índice, o BC segura o excesso de demanda que faz os preços aumentarem, pois juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por outro lado, ao reduzir os juros, a tendência do Copom é baratear o crédito e incentivar a produção e o consumo. A estratégia, no entanto, enfraquece o controle sobre a inflação.

* Com informações da Agência Brasil.

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