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As empresas estatais terminaram o terceiro trimestre deste ano com o menor número de empregados desde igual período de 2010. De acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, eram 506.852 empregados no trimestre encerrado em setembro. Há sete anos, o quadro de pessoal contava com 497.036 servidores.

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Nos três primeiros trimestres deste ano, a redução total é de 26.336 empregados. As principais quedas foram registradas na Caixa Econômica Federal (7.199 servidores), nos Correios (7.129), na Petrobras (4.019) e no Banco do Brasil (2.676). Segundo o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais , Fernando Antônio Ribeiro Soares, a redução no quadro ocorreu por meio de planos de desligamento voluntário (PDVs).

Caixa, Correios, Petrobras e Banco do Brasil foram as estatais com as maiores reduções no número de empregados
Antonio Cruz/Agência Brasil - 10.3.2017
Caixa, Correios, Petrobras e Banco do Brasil foram as estatais com as maiores reduções no número de empregados

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Entre as empresas que lançaram ou estão elaborando PDVs, estão Caixa, Companhia de Recursos de Pesquisa Mineral (CPRM), Eletrobras, Infraero (PDV contínou), Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (Eletrobras CGTEE), Dataprev, Banco do Nordeste, Casa da Moeda, Codesa, Valec, Amazul, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Banco da Amazônia, Correios e Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

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Em sua fala, o secretário destacou que este não é o número final para 2017. Segundo ele, é "factível" terminar este ano com menos de 500 mil empregados nas empresas do governo. "Meu objetivo é recuperar empresas estatais, reduzir os custos, aumentar a produtividade, aproximar-se cada vez mais de indicadores de mercado. As empresas estatais têm que apresentar sustentabilidade", afirmou.

Segundo Soares, o governo está limitando a reposição de pessoal após o PDV, a fim de evitar que saiam empregados "por uma porta e entrem por outra". "Em alguns dos PDVs, cortamos 100% das vagas. Isso está implicando essa redução do quadro de pessoal", afirmou. "Na busca do equilíbrio fiscal, um ajustamento do tamanho do estado acaba por ser necessário, isso é fundamental".

Atualmente, o Brasil conta com 149 estatais, sendo a maioria delas nas áreas financeira e de infraestrutura. Para o secretário, o número está em linha com o mundo. "Não temos uma meta de redução das empresas estatais", afirmou. "A preocupação não é meramente fiscal. Temos que entender o setor onde a empresa estatal está inserido. Tem que analisar caso a caso, setor a setor".

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No acumulado para o ano, o lucro dos conglomerados estatais federais chegou a cerca de R$ 23,2 bilhões, equivalente a aumento de 167% na comparação com igual período de 2016. Banco do Brasil, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa, Eletrobras e Petrobras responderam por mais de 95% dos ativos totais e do patrimônio líquidos das estatais federais.

* Com informações da Agência Brasil.

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