O desemprego atingiu 12,7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número corresponde a 12,2% dos brasileiros em situação de desemprego. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, o resultado é 0,6 ponto percentual inferior ao do trimestre encerrado em julho.
Leia também: Quase um milhão de crianças são vítimas do trabalho infantil no País, diz IBGE
Na ocasião, a taxa de desemprego alcançou 12,8% e representava 13,3 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Na comparação com o trimestre móvel encerrado em outubro de 2016, o nível de desocupação aumentou 0,4 ponto percentual. Em relação à população empregada, a comparação frente ao trimestre anterior indica que foram abertas cerca de 868 mil vagas de trabalho, totalizando 91,5 milhões de empregados.
Leia também: Deficit da Previdência custaria mais de R$ 110 mil para cada jovem, diz Fazenda
Embora o IBGE tenha apurado certa recuperação, o número de ocupados com carteira assinada ficou estável entre os períodos, o que indica que boa parte da mão de obra optou por trabalhar por conta própria. Essa categoria registrou aumento de 1,4% entre os trimestes e totalizou 23 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2016, a alta é ainda maior: 5,6%. Em um ano, 1,2 milhão de pessoas passaram a trabalhar sem carteira de trabalho.
Você viu?
Quando população empregada e desocupada são levadas em consideração, o levantamento aponta que a força de trabalho brasileira é composta por 104,3 milhões de pessoas. De acordo com a pesquisa, a participação se manteve estável na comparação com o trimestre encerrado em julho. No entanto, em relação ao mesmo período de 2016, registrou expansão de 2,3%, o equivalente a 2,4 milhões de pessoas.
Já o nível da ocupação – indicador que apura a taxa de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar – chegou a 54,2% no trimestre iniciado em agosto. A taxa é igual à do trimestre encerrado em outubro de 2016, mas é 0,4 ponto percentual superior à do trimestre encerrado em julho, quando bateu a marca de 53,8%.
Setor privado
Aproximadamente 33,3 milhões de pessoas fazem parte do grupo de empregados no setor privado com carteira assinada desde maio. Apesar da estabilidade de seis meses, em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2016, o levantamento aponta para uma retração de 2,2%. O indicador de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, porém, registrou crescimento.
Leia também: IBGE: 10% da população bem remunerada concentra metade da renda do Brasil
A categoria teve alta de 2,4% frente ao trimestre anterior e é composta por cerca de 11 milhões de trabalhadores. A variação é ainda maior em relação ao mesmo período de 2016, com crescimento de 5,9%. O número de trabalhadores domésticos aumentou 2,9% em relação a outubro de 2016. A categoria de trabalhadores do setor público, por sua vez, permaneceu estável.
Salários permaneceram estáveis
Além do nível de desemprego, a Pnad Contínua também avaliou o rendimento médio habitual. Segundo o levantamento, nas comparações trimestral e anual, o valor ficou estável em R$ 2.127. Por outro lado, a massa de rendimento real habitual subiu 1,4% entre os trimestres, ao chegar à marca de R$ 189,8 bilhões. Frente ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 4,2%.