Entre janeiro e junho deste ano, o Ministério do Trabalho (MTb) concedeu 11.998 autorizações de trabalho temporário ou permanente para estrangeiros no País. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) e fazem parte do relatório elaborado pela Coordenação Geral de Imigração (CGig) do próprio Ministério.
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O relatório do MTb mostrou ainda que houve redução nas autorizações do primeiro semestre. Na comparação com o mesmo do ano passado, quando foram emitidas 14.438 permissões, a queda foi de 2.440.
De acordo com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esse resultado já era esperado, visto que o Brasil sediou os Jogos Olímpicos em 2016. "No passado, tivemos a Olimpíada, um evento internacional grandioso que demanda muita mão de obra tanto de esportistas, de suas equipes de trabalho e de voluntários internacionais", ressalta Nogueira.
Segundo o coordenador da CGig, Hugo Gallo, a autorização é obrigatória para que o estrangeiro exerça alguma atividade laboral no Brasil. Ele explica também que é possível obter mais de uma autorização. "As autorizações são concedidas conforme resoluções normativas. A maioria das autorizações foi para profissionais das ciências e das artes, técnicos de nível médio, e membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas, gerentes, entre outros", diz Gallo.
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Tipos de autorização
É importante ressaltar que as autorizações temporárias são as mais procuradas pelos profissionais estrangeiros. No primeiro semestre do ano, foram 11.483 documentos expedidos nessa modalidade, contra 515 permanentes. Os americanos obtiveram o maior número de concessões, com 2.170 documentos emitidos.
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Em seguida aparecem as Filipinas, com 1.224 autorizações. No mesmo período do ano passado, o número de autorizações foi de 1.437. Os chineses também estão entre os que mais procuraram o Brasil para trabalhar, com 799 autorizações, o que evidencia um crescimento de 68,56% frente a 2016. Reino Unido, França, Índia e Japão aparecem nas demais colocações, com respectivamente 778, 579, 538 e 255 autorizações.
Mercosul e Estados brasileiros
Nos países do Mercosul e associados, a Venezuela teve o maior destaque, com 147 autorizações, refletindo uma alta de 86% contra igual período do ano passado. Em seguida, estão: Argentina, com 81, Colômbia, com 65 e Chile, com 52.
"A Venezuela passa por um período complexo na política, que reflete na área econômica. O Brasil é um país vizinho e tem uma abertura de fronteira mais flexível à imigração", explica o ministro.
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O MTb apontou o Rio de Janeiro como o Estado brasileiro que mais demanda mão de obra estrangeira. No segundo semestre, foram 5.325 autorizações para estrangeiros no Estado. São Paulo ficou em segundo, com 4.634, e o Espírito Santo em terceiro, com 279.